Petróleo dispara quase 10% e trabalha acima dos US$ 100 o barril pela 1ª vez desde 2014 após ataque russo à Ucrânia
Os preços do petróleo disparavam quase 10% nesta manhã de quinta-feira (24) nas bolsas externas, operando acima de US$ 100 o barril pela primeira vez desde 2014, depois que a Rússia atacou e elevou as preocupações sobre a oferta global do óleo.
Por volta das 07h30 (horário de Brasília), o petróleo WTI subia 8,98%, ou US$ 8,27 o barril, a US$ 100,37 o barril, com máxima de US$ 100,54 o barril sendo testada. Enquanto que o tipo Brent era cotado a US$ 102,11 o barril com valorização de 8,57%.
"A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador. Dado os baixos estoques e a diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento", disse à Reuters o analista do UBS Giovanni Staunovo.
A Rússia também é o maior fornecedor de gás natural para a Europa, ofertando 35% de sua capacidade.
"Preocupações com a oferta também podem estimular a atividade de estocagem de petróleo, o que sustenta os preços", acrescentou o analista.
Depois do ataque russo, os Estados Unidos e a Europa prometeram sanções mais duras à Rússia em resposta. "Não é apenas o risco geopolítico que é o problema, mas a pressão adicional da oferta", disse Howie Lee, economista da OCBC.
Analistas ouvidos pela Reuters acreditam que o Brent permanecerá acima do patamar de US$ 100 por barril até que suprimentos alternativos significativos estejam disponíveis, por exemplo, da OPEP, xisto dos EUA ou Irã, com avanço nas negociações nucleares.