Petróleo tem máximas de sete anos com preocupações com oferta e tempestade nos EUA
Os preços do petróleo no cenário internacional atingiam máximas de sete anos nesta sexta-feira (04) em meio preocupações com a oferta por tensões geopolíticas, e uma tempestade de inverno nos Estados Unidos alimentando temores sobre o fornecimento do óleo a nível global.
Às 12h36 (horário de Brasília), o petróleo WTI saltava 3,12%, ou US$ 2,84 o barril, a US$ 93,11 o barril, com máxima de US$ 93,17 o barril sendo testada. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 93,62 o barril com valorização de 2,75%. Ambos os mercados testaram máximas de sete anos.
Caso a alta seja confirmada nesta semana para o óleo, seria a sétima seguida de avanço.
A alta do petróleo, inclusive, puxava o avanço de outras commodities nesta manhã de sexta. A soja e o milho subiam cerca de 0,50%, além do trigo com 0,60%. Nas softs, apenas o café tinha perdas leves. O açúcar subia cerca de 1%, o algodão 0,03% e, nas metálicas, ouro tinha salto próximo de 0,50%.
"A última alta foi desencadeada por uma onda de frio no Texas, que está alimentando preocupações sobre interrupções de produção na Bacia do Permiano, o maior polo de xisto dos EUA", disse Carsten Fritsch, analista de commodities do Commerzbank para a agência de notícias Reuters.
Segundo a agência, uma tempestade de inverno varreu as regiões central e Nordeste dos Estados Unidos na quinta-feira (03).
As tensões geopolítica também seguem sendo acompanhadas pelo mercado do óleo. Ainda há atenções sobre a crise na Ucrânia, que aumenta as preocupações com o fornecimento de petróleo que já está apertado.
O Commerzbank elevou sua previsão de preço do petróleo para o primeiro trimestre de 2022 para US$ 90 o barril, ante US$ 80 anteriormente.
Por outro lado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados liderados pela Rússia, conhecidos como OPEP+, concordaram esta semana em manter aumentos moderados na produção de 400.000 barris por dia (bpd), apesar da pressão.