Preços do petróleo fecham quase estáveis apesar de redução nos estoques dos EUA
Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo terminaram esta quarta-feira praticamente estáveis, após dois dias de ganhos, mesmo diante de uma queda acentuada nos estoques da commodity nos Estados Unidos, à medida que o mercado avalia as perspectivas para a demanda em momento em que as infecções pelo coronavírus seguem em alta no mundo.
Os contratos futuros tanto do petróleo Brent quanto da referência norte-americana atingiram os maiores níveis intradia desde março, antes de passarem a cair. A marca de 70 dólares por barril tem atuado como uma barreira para o mercado desde março, com investidores relutando em dar mais impulso ao petróleo enquanto os casos de Covid-19 avançam em várias partes do mundo.
O petróleo Brent fechou em alta de 0,08 dólar, a 68,96 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 0,06 dólar, para 65,63 dólares o barril.
Os estoques de petróleo dos EUA registraram queda de 8 milhões de barris na última semana, superando as expectativas de um recuo de 2,3 milhões de barris, disse a Administração de Informação sobre Energia (AIE). As exportações subiram para 4,1 milhões de barris por dia, maior patamar desde março, e a produção das refinarias também atingiu o mais alto nível desde aquele mês.
"Houve um pouco de decepção com a gasolina", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group. "Mas a demanda por petróleo está de volta, e está ganhando impulso."
Restrições relacionadas à pandemia estão sendo flexibilizadas nos EUA e em partes da Europa, mas o número de infecções segue em alta na Índia e Japão, grandes importadores da commodity. Os ganhos dos preços do petróleo nos últimos meses têm refletido o avanço dos programas de vacinação.
(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres, Sonali Paul em Melbourne e Koustav Samanta em Cingapura)