Chinesa Sinograin interromperá leilões de milho importado de estoques
Por Mei Mei Chu
PEQUIM (Reuters) - A Sinograin, empresa estatal de estoques da China, disse nesta quarta-feira que interromperia os leilões de milho importado de seus estoques, como parte dos esforços para sustentar os preços locais do milho que estão nas mínimas de quatro anos e meio.
A Sinograin também disse no início deste mês que aumentaria as compras e o armazenamento de milho produzido internamente.
Os agricultores da China, a segunda maior produtora de milho do mundo, têm enfrentado uma queda dos preços do milho devido à safra abundante e ao enfraquecimento da demanda.
Os futuros de milho mais ativos da China na Bolsa de Mercadorias de Dalian caíram 14% até agora neste ano, para 2.175 iuanes (298,54 dólares) por tonelada, perto do patamar atingido na semana passada que foi o mais fraco desde maio de 2020.
"Devido aos fracos preços do milho este ano, o governo indicou que não quer que os preços do milho continuem caindo e que há métodos suficientes para manter a estabilidade dos preços", disse Rosa Wang, analista da JCI, agroconsultoria sediada em Xangai.
"O volume de milho importado leiloado é relativamente pequeno, portanto, seu impacto no mercado é limitado", acrescentou Wang.
A produção de milho na China atingiu um recorde de 294,92 milhões de toneladas este ano, um aumento de 2,1% devido aos esforços de Pequim para aumentar a produção e garantir a segurança alimentar.
Mas parte da safra tem sido de baixa qualidade depois que o clima mais quente levou a problemas com mofo, disseram os analistas.
As importações de milho da China caíram 91,8% em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, para apenas 300.000 toneladas, segundo dados da alfândega. Nos primeiros 11 meses do ano, as importações diminuíram 39,9%, para 13,32 milhões de toneladas.
A China, o maior comprador de milho do mundo, importa o grão principalmente do Brasil e dos Estados Unidos.
(Reportagem de Mei Mei Chu)