Exportação de milho do Brasil segue atrás de 2023, mas Brandalizze vê bons volumes acumulados

Publicado em 18/11/2024 15:05
Embarques de 2024 refletem produção menor no ano, mas ainda representam boa demanda, indica o analista

Nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até o momento em novembro alcançou 2.754.518,4 toneladas. O volume representa 37,19% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 7.405.902,9 toneladas.                          
                           
A média diária de embarques nestes primeiros 10 dias úteis do mês ficou em 275.451,8 toneladas, representando queda de 25,6% com relação a média diária embarcadas de novembro do ano anterior, em ficou em 370.295,1 toneladas.                      

Na visão de Vlamir Brandalizze, Consultor de Mercado da Brandalizze Consulting, apesar de bem menores do que os números de 2023, os volumes exportados de milho em 2024 são positivos e estão ajudando a sustentar os preços no mercado nacional. 

“São bem menores porque nós colhemos 20 milhões de toneladas a menos, então é normal. Além disso, no ano passado nós fomos o maior exportador mundial de milho, uma coisa histórica, a primeira vez que superamos os Estados Unidos. Esse ano a gente voltou, vai exportar menos, mesmo assim vão ser grandes volumes. Vamos andar aí entre 36 e 38 milhões de toneladas, um volume bem alto de exportação, mesmo comparado as 56 milhões do ano passado, que foi um ano atípico”, diz Brandalizze. 

Com relação ao faturamento, o Brasil arrecadou um total de US$ 570.696,4 milhões no mês, contra US$ 1,678 bilhão de todo novembro/23. O que na média diária deixa o atual mês com baixa de 32% ficando com US$ 57,069 milhões por dia útil contra US$ 83,920 milhões em novembro do ano anterior.                                 

O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro também recuou 8,6% dos US$ 226,60 registrados em novembro de 2023 para os US$ 207,20 contabilizados em novembro/24. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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