Famasul indica queda da qualidade do milho em partes do Mato Grosso do Sul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.
De acordo com o levantamento, os técnicos da Famasul classificaram 56,2% das lavouras como boas, 20,8% como regulares e 22,9% como ruins.
Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 50% das lavouras consideradas ruins, Centro com 35,8% e Sul com 29,5%. Por outro lado, Nordeste tem 87% das áreas classificadas como boas, Oeste 83% e Norte 76%.
“Na segunda safra de milho de 2023/2024, já observamos perdas significativas no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Essa situação adversa afetou uma área total de 508 mil hectares em várias regiões do estado, incluindo o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, norte, sul-fronteira e sudeste. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e maio (10 a 45 dias sem chuva)”, apontam os técnicos da Famasul.
As estimativas da Famasul apontam para um plantio total de 2,218 milhões de hectares, 5,82% menos do que no ano anterior e uma produtividade prevista de 86,3 sacas por hectare, o que ser uma redução de 14,25% ante à última média registrada. Sendo assim, o estado deverá colher 11,4 milhões de toneladas, índice 19,23% inferior à 2023.
“As condições meteorológicas se destacam pela ocorrência de temperaturas mínimas no estado de Mato Grosso do Sul, com os menores valores registrados sendo de 8,2°C no município de Aral Moreira e 8,7°C em Ponta Porã/MS”, destaca a Famasul.