Milho dá sinal de alta na B3 com cenário de atenção para a segunda safra

Publicado em 29/04/2024 17:49
Preços fecharam levemente positivos nesta segunda-feira na bolsa brasileira

A B3 fechou esta segunda-feira (29) com leves altas que variaram entre 0,11% e 1,19% para o preço do milho nos principais contratos. O maio/24 encerrou o dia cotado a R$ 57,00/sc, o julho/24 a R$ 57,45/sc, o setembro/24 a R$ 59,50/sc e o novembro a R$ 62,70/sc.

De acordo com Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, esse movimento demonstra que a B3 “está começando a acordar” em relação à produção da segunda safra brasileira. Para ele,  o preço do grão deverá subir na bolsa brasileira por conta de uma oferta menor.

“Vamos ter uma safra muito menor do que foi no ano passado, o que vai refletir em um segundo semestre muito disputado, vamos ter uma grande pressão de compra”, afirmou Brandalizze.  “Eu acho que ela deveria subir mais, o milho tem fôlego para avançar mais na B3”, completou o analista.

A Agrinvest Commodities descreveu um movimento semelhante para a oferta do grão em análise nesta segunda. Segundo a consultoria , o clima está voltando a preocupar as lavouras de milho segunda safra no sul de Mato Grosso do Sul e nos estados do Paraná e São Paulo, com previsão de pouca ou nenhuma chuva para os próximos dez dias, além de temperaturas elevadas.

 

Em Chicago, queda do trigo puxa cotação do milho para baixo

Os preços do milho na Bolsa de Chicago encerram esta segunda-feira com leves baixas. O maio/24 e o julho/24 perderam 0,75 ponto, cotados, respectivamente, a US$ 4,39/bushel e US$ 4,49/bushel. O setembro 2024 caiu para US$ 4,58/bushel, redução de 0,5 ponto, e o dezembro/24 foi a US$ 4,72/bushel, queda de 0,75 ponto.

Conforme apontou Brandalizze, esse movimento é técnico, pois a queda do milho se deve à redução no preço do trigo, que perdeu até 13,75 pontos nos principais contratos da Bolsa de Chicago. A Agrinvest Commodities também atribuiu a causa desse movimento ao cereal.

Entretanto, a partir de terça-feira (30), segundo Brandalizze, o que terá maior peso para formação do preço do milho será o plantio nos Estados Unidos. “O que vai contar amanhã é a questão do plantio. O USDA trará no final da tarde a área plantada neste começo de semana, mas tudo indica que o milho já vem 20% plantado, dentro do ideal para eles. Por isso acaba limitando”, explicou o analista, reforçando que a condição continuará sendo de pressão negativa para os preços futuros na CBOT.

Por: Igor Batista
Fonte: Notícias Agrícolas

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