Milho tem dia de mercados lateralizados e negócios escassos nesta 4ª
A semana tem sido de movimentações bem tímidas e sem direção entre os preços do milho, tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago. Em ambas, nesta quarta-feira (6), os preços do cereal encerraram o dia em campo misto. O mercado tem estado em compasso de espera nos últimos dias aguardando por novas notícias para sinalizar uma direção mais clara.
Na B3, os futuros do cereal terminaram o dia com o maio subindo 0,43%, sendo cotado a R$ 58,40, enquanto o julho perdeu 0,24% e o setembro, 0,24%, os quais encerraram o dia com R$ 57,44 e R$ 58,80, respectivamente.
O mercado mantém seu foco central sobre o desenvolvimento da segunda safra. O plantio caminha bem e os problemas são apenas pontuais, com algumas regiões do Paraná enfrentando a falta de chuvas. Ainda assim, a redução da área plantada com a safrinha ficou aquém do inicialmente esperado, segundo especialistas.
No final do dia desta terça-feira (5), a Pátria Agronegócios trouxe uma manutenção de suas estimativas para a produção de milho do país. A consultoria estimou a produção total de milho em 110,29 milhões de toneladas, o que - se confirmando - seria 16,4% a menos do que a última temporada. Para a primeira safra o número pe de 28,04 milhões; para a segunda de 79,97 - com uma redução de 21,9% na comparação anual - e 2,28 milhões na terceira.
Enquanto isso, os negócios também são tímidos e avançam de forma um pouco mais lenta. As perdas recentes afastaram os vendedores da comercialização, do mesmo modo em que os compradores acreditam que novas desvalorizações possam ser registradas e por isso seguram suas aquisições.
"O mercado continua mostrando pouca movimentação de exportações e o que chega nos portos são contratos antigos, mas já perdendo o ritmo dos embarques porque a soja está ganhando fôlego, batendo recorde de embarques e assim tirando espaço do milho", afirma o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Desta forma, os consumidores internos seguem em posição confortável neste momento, porque estão sozinhos para o milho que sai dos campos, com a possibilidade de negócios em sua
maior parte via balcão e quase nada em lotes livres".
No mercado físico, os preços permaneceram estáveis em praticamente todas as principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Algumas exceções foram Castro, no Paraná, com alta de 1,82% para R$ 56,00 e Sorriso, em Mato Grosso, onde o ganho foi de 0,46% para R$ 32,70.