Milho se valoriza em Chicago com clima seco nos EUA sustentando as cotações nesta 4ªfeira

A quarta-feira (24) se encerrou com os preços futuros do milho contabilizando movimentações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3), após um dia de intensa volatilidade com altos e baixos durante o pregão. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 55,90 e R$ 64,40. 

O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 55,90 com queda de 0,20%, o setembro/23 valeu R$ 58,90 com perda de 0,34%, o novembro/23 foi negociado por R$ 61,60 com baixa de 0,16% e o janeiro/24 teve valor de R$ 64,40 com elevação de 1,00%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, a B3 recebeu apoio positivo dos preços do milho nos portos brasileiros, que subiram hoje com os prêmios ficando entre 50 e 60 centavos positivos. 

“Os prêmios de exportação estão bons e é por isso que está entre R$ 59,00 e R$ 64,00 o milho da exportação nos portos. Isso é benéfico, mas quando chegar o pico da safra, provavelmente vai perder esses valores se não tiver algum problema lá nos Estados Unidos”, explica Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quarta-feira negativa. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas no Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.  

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, o milho segue sentindo os impactos da chegada da safra e recua para a casa dos R$ 55,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de poucas negociações. “Com o avanço dos produtores na fixação de oferta, os consumidores possuem posição confortável em relação aos estoques e seguem com postura retraída nas aquisições, derrubando os preços e travando a comercialização”. 

A consultoria ainda destaca que, “os consumidores continuam retraídos nas negociações, sinalizando tranquilidade em relação a abastecimento e avaliando que os preços podem continuar caindo com avanço da fixação por parte dos produtores”. 

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro operaram ao longo de toda a quarta-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,87 com valorização de 9,75 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,15 com ganho de 3,25 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,20 com elevação de 3,25 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,29 com alta de 3,25 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (23), de 1,73% pra o julho/23, de 0,59% para o setembro/23, de 0,78% para o dezembro/23 e de 0,57% para o março/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho se beneficiaram de uma rodada de compras técnicas, que deu um grande salto aos futuros de julho, enquanto os futuros de setembro tiveram que se contentar com ganhos mais modestos. 

A analista do site Successful Farming, Cassidy Walter, destaca ainda o papel do clima no meio-oeste dos Estados Unidos com influenciador nas movimentações das cotações.  

“O Relatório Brock diz que o clima ensolarado e seco esperado nas próximas duas semanas ajudará no encerramento do plantio, mas também aumentará a secura crescente sentida em partes do Cinturão do Milho”, afirma.   

Agora, o mercado aguarda a divulgação dos do relatório de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta quinta-feira. De acordo com a Farm Futures, os analistas esperavam que a agência mostrasse vendas de milho variando entre reduções líquidas de 19,7 milhões de bushels e vendas líquidas de 27,6 milhões de bushels na semana encerrada em 18 de maio.