Milho sobe em Chicago nesta 6ªfeira, mas despenca 3,5% no acumulado semanal
A sexta-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações operaram na faixa entre R$ 85,28 e R$ 87,24 e acumularam flutuações negativas, positivas e estáveis.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 86,10 com perda de 0,25%, o maio/23 valeu R$ 87,24 com queda de 0,08%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,36 com baixa de 0,28% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,28 com desvalorização de 0,37%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas de 1,26% para o março/23 e de 0,72% para o setembro/23, além de alta de 0,07% para o julho/23 e de estabilidade para o maio/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Para o analista de grãos e proteínas animais da HedgePoint Global Markets, Pedro Schicchi, o começo de 2023 tem sido de cotações estáveis ou com tendência de baixas para o milho no Brasil, o que se explica devido as perdas da Argentina já terem sido contabilizadas e o Brasil estar vindo de uma grande safrinha em 2022.
Porém, o analista destaca que os atrasos no plantio da segunda safra de 2023 e as consequentes diminuições nas áreas plantadas ainda não foram contabilizadas pelas principais agências e que, dependendo do tamanho destes ajustes, o mercado nacional pode voltar a apresentar movimentações de alta para os preços do cereal.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho mais subiu do que caiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas nas praças de Castro/PR e Rio do Sul/SC. Já as valorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com o baixo volume de negócios no mercado físico, o milho volta a ser comercializado na média de R$ 85,50/sc em Campinas/SP”.
Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma semana arrastada na comercialização e com preços pouco alterados. “Houve pouca mudança na postura dos agentes. Compradores e vendedores atuaram de maneira discreta nos últimos dias, o que determinou tanto o ritmo moroso nos negócios como uma estabilidade nos valores praticados”.
A SAFRAS Consultoria indica que “os consumidores não mostram grande preocupação em relação a estoques em vários estados e estão sem interesse nos preços vigentes, com exceção de São Paulo, onde há maior movimentação nas consultas. Por outro lado, os produtores continuam retraídos na fixação de oferta e não cedem em relação a preços”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) teve um último dia da semana positivo para os preços internacionais do milho futuro, que subiram nesta sexta-feira, mas acumularam desvalorizações semanais.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,24 com valorização de 5,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,17 com elevação de 5,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,06 com ganho de 4,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,65 com alta de 4,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (09), de 0,97% para o março/23, de 0,98% para o maio/23, de 0,83% para o julho/23 e de 0,71% para o setembro/23.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 3,26% para o março/23, de 3,44% para o maio/23, de 3,50% para o julho/23 e de 3,09% para o setembro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho subiram ligeiramente, mas caíram na semana depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu suas expectativas para a demanda de exportação dos EUA.
Pelos cálculos da Reuters, as cotações do milho em Chicago acumularam desvalorizações ao redor de 10% ao longo das últimas quatro semanas.
“O tom geral dos mercados continua negativo, principalmente devido ao fato de que a Rússia continua oferecendo ao mercado mundial a preços baratos e isso mantém a demanda longe de nós”, disse à Reuters, Jack Scoville, analista de mercado do The Price Futures Group nos Estados Unidos.