Perspectiva de safrinha grande pressiona e milho acumula recuos semanais na B3

Publicado em 17/02/2023 16:50 e atualizado em 20/02/2023 14:19
Chicago subiu acompanhando desenvolvimentos das safras sul-americanas

A sexta-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 88,16 e R$ 89,25 e acumularam recuos ao longo da semana. 

O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,82 com perda de 0,08%, o maio/23 valeu R$ 89,25 com baixa de 0,06%, o julho/23 foi negociado por R$ 88,16 com desvalorização de 0,50% e o setembro/23 teve valor de R$ 88,16 com queda de 0,50%. 

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas, de 0,19% para o março/23, de 1,16% para o maio/23, de 0,50% para o julho/23 e de 0,50% para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (10). 

Para o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, os preços pressionados pela alta oferta de milho vinda da safrinha, mas sustentados pelas altas exportações e pelo cenário de aperto na oferta mundial após perdas nos Estados Unidos, Argentina e Ucrânia.   

As projeções da consultoria são para mais de 100 milhões de toneladas produzidas, mesmo diante dos atrasos no início das atividades de plantio. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma jornada positiva neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS e Oeste da Bahia. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “mantendo a toada da semana, o milho fecha mais um dia estável, devido ao baixo volume de negócios, sendo comercializado na média de R$ 86,00/sc em Campinas/SP”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira com os preços internacionais do milho futuro somando movimentações positivas e acumulando quedas e estabilidades semanais 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,77 com elevação de 1,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,77 com valorização de 2,50 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,66 com alta de 2,00 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,10 com ganho de 2,00 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 0,15% para o março/23, de 0,30% para o maio/23, de 0,30% para o julho/23 e de 0,33% para o setembro/23. 

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 0,44% para o março/23 e de 0,15% para o maio/23, além de estabilidade para o julho/23 e para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (10). 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho na Bolsa de Chicago subiram na sexta-feira, com os traders cobrindo posições vendidas antes de um fim de semana estendido nos Estados Unidos, que será emendado com o feriado do Dia do Presidente na segunda-feira (20). 

Analistas ouvidos pela Reuters, apontaram ainda que, as perspectivas contrastantes de safra na América do Sul também pesaram nos preços. “Isso gera uma conversa: a safra brasileira é grande o suficiente para compensar as perdas na Argentina?”, questionou Tom Fritz, sócio do EFG Group em Chicago à Reuters. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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