Colheita do milho avança para 34% na Argentina e Ministério da Agricultura reduz estimativa de produção
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina divulgou seu informe semanal de estimativas agrícolas atualizando seus dados para a safra de milho 2021/22. Segundo a publicação, 34% das lavouras de milho argentinas já foram colhidas, uma antecipação de 5 pontos percentuais com relação ao mesmo período do ano anterior.
As regiões mais adiantadas com os trabalhos são Corrientes (100%), Rosario del Tala (92%), Paraná (90%), Marcos Juárez (88%), Cañada de Gómez e Rafaela (80%), Junín (75%) e Salliqueló (74%).
Por outro lado, as atividades de colheita ainda não começaram em Bahía Blanca, Tandil, Tres Arroyos, Catamarca, Chaco, Jujuy, Salta, Stgo. Estero e Tucumán. A área total cultiva neste ciclo é de 10.292.403 hectares.
Olhando para a qualidade das lavouras, os técnicos do Ministério destacam as delegações de Pehuajó (100%), Pergamino (35%), Avellaneda e Corrientes (19%) e Laboulaye (17%) como as com mais áreas avaliadas como muito boas. Já as delegações com mais avaliações ruins são Cañada de Gómez (36%), Casilda (32%), Rosario del Tala (29%), Junín (16%) e Río Cuarto (15%).
Sobre a região de Pehuajó, o relatório aponta que “foi possível colher em bom ritmo durante toda a semana”. Já para a delegação de Avellaneda, o destaque são “as chuvas ocorridas permitiram a recuperação da lavoura em vários lotes, restando avaliar as perdas de superfície e rendimento”.
Para a área de Cañada de Gómez, o Ministério relata que “o milho tardio está completamente em enchimento de grãos e a presença de pústulas de ferrugem pode ser observada, com os lotes destinados à forragem estão sendo picados”. Em Rosario del Tala, a produtividade média até o momento é de apenas 51,67 sacas por hectare.
“As chuvas escassas ou nulas dos primeiros dias de janeiro afetaram principalmente o milho
floração crítica, reduzindo seus rendimentos e alocando uma área maior como reserva forrageira. O milho de semeadura tardia tem sido menos afetado pelo déficit hídrico, com boas expectativas de produtividade, uma vez que os períodos de maior déficit hídrico passaram no estado vegetativo e receberam chuvas no final de janeiro e fevereiro em épocas críticas”, explica a publicação.
Diante de todo esse cenário, o Ministério avalia que “a safra não atingirá o potencial de produtividade esperado no início da campanha, estimando uma produção final de 57 milhões de toneladas”. Esse novo patamar é 5,8% menor do que registrado na safra passada.