Milho fecha 6ªfeira de oscilação na B3, mas acumula valorização de mais de 5% na semana

Publicado em 22/04/2022 16:39
CBOT recua e fecha semana praticamente estável

A sexta-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho oscilando bastante entre altas e baixas ao longo do pregão na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 92,41 com alta de 0,41%, o julho/22 valeu R$ 93,70 com valorização de 0,81%, o setembro/22 foi negociado por R$ 94,46 com elevação de 0,78% e o novembro/22 teve valor de R$ 95,80 com ganho de 0,52%.

Na comparação semanal, os contratos futuros do cereal brasileiro acumularam valorizações de 4,30% para o maio/22, de 5,34% para o julho/22, de 5,42% para o setembro/22 e de 5,18% para o novembro/22, com relação ao fechamento da última quinta-feira (14).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 sofreu influência negativa vinda da Bolsa de Chicago, mas foi apoiada pelo dólar subindo forte ante ao real, se consolidando na faixa entre R$ 90,00 e R$ 92,00, o que, na visão do analista, são bons patamares.

“A cada dia que passa, com essas chuvas que caem, os grandes consumidores do Brasil vão ficando cada vez mais retraídos esperando que tenha uma supersafra. Também há muito grão de soja parado nos armazéns e, com a inundação de milho pra chegar, o comprador espera para receber o milho, deixando o mercado na calmaria”, diz Brandalizze.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também oscilou entre altas e baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações Ponta Grossa/PR, Campo Novo do Parecis/MT, Amambai/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Brasília/DF e Oeste da Bahia.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o feriado ameniza o apetite de comercialização mantendo a saca em Campinas/SP nos R$88,00”.

A SAFRAS & Mercado acrescenta que, o mercado brasileiro de milho teve uma semana de lentidão nos negócios. “Foi mais uma semana de feriado, desta vez na quinta-feira, reduzindo o interesse e a movimentação dos agentes compradores e vendedores. A expectativa é de que na próxima semana haja maior atividade”.

“Não houve grandes mudanças nas cotações, que variaram menos em relação às semanas recentes. Em boa parte das praças houve estabilidade, com avanços pontuais de preços em São Paulo”, acrescenta a SAFRAS & Mercado.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) começou a sexta-feira com os preços internacionais do milho futuro subindo, contrariando as movimentações de quinta-feira, mas voltaram a recuar ao longo do último pregão da semana. 

O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,93 com perda de 6,25 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,89 com baixa de 6,25 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,45 com queda de 10,00 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,24 com desvalorização de 14,25 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,75% para o maio/22, de 0,75% para o julho/22, de 1,32% para o setembro/22 e de 1,90% para o dezembro/22.

Na comparação semanal, os contratos futuros do cereal norte-americano acumularam ganhos de 0,38% para o maio/22 e de 0,77% para o julho/22, além de 0,40% para o setembro/22 e de 1,50% para o dezembro/22, com relação ao fechamento da última quinta-feira (14).

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram em Chicago devido à realização de lucros antes do fim de semana.

“Os futuros de soja da CBOT caíram junto com os futuros de milho, uma vez que os traders registraram lucros e foram para os bastidores antes do fim de semana”, destaca Julie Ingwersen da Reuters Chicago.

A publicação destaca que, traders desconsideraram o apoio das novas vendas de exportação de milho e soja confirmadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), com vendas privadas de 1,347 milhão de toneladas de milho dos EUA para a China, bem como quantidades menores de milho e soja vendidas para o México.

“O mercado parece recuperar o fôlego após as altas recentes, e as operadoras agora vão se concentrar nas condições climáticas do continente norte-americano para acompanhar o progresso do plantio de soja e milho”, disse a consultoria Agritel.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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