B3 abre a 2ªfeira ainda em queda com milho abaixo dos R$ 90,00
A segunda-feira (04) começa com os preços futuros do milho estendendo os movimentos de recuo registrados na última semana na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações contabilizavam flutuações na faixa entre R$ 87,00 e R$ 89,00 por volta das 09h14 (horário de Brasília).
O vencimento maio/22 era cotado à R$ 88,35 com queda de 1,05%, o julho/22 valia R$ 87,85 com desvalorização de 1,18%, o setembro/22 era negociado por R$ 87,27 com perda de 0,83% e o novembro/22 tinha valor de R$ 89,70 com baixa de 0,99%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 vem refletindo a situação do câmbio com o dólar em queda ante ao real e a pressão de baixa no mercado nacional com a safrinha andando e chegando mais próxima da colheita.
“A B3 perdeu os R$ 90,00 novamente porque os portos, que na quinta-feira chegaram a R$ 90,00 ou R$ 92,00, na sexta-feira se falava em R$ 88,00, então mercado recuando também nos portos com a pressão do dólar. O mercado de exportação acredita que um dólar frágil pode trazer ainda mais pressão de baixa com a safrinha se aproximando”, diz.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) largou a nova semana contabilizando flutuações positivas para os preços internacionais do milho futuro por volta das 09h05 (horário de Brasília).
O vencimento maio/22 era cotado à US$ 7,47 com elevação de 12,00 pontos, o julho/22 US$ 7,35 com valorização de 13,25 pontos, o setembro/22 era negociado por US$ 7,05 com alta de 9,50 pontos e o dezembro/22 tinha valor de US$ 6,96 com ganho de 8,50 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram nesta segunda-feira depois que dados mostraram que as exportações de grãos da Ucrânia em março foram quatro vezes menores do que os níveis de fevereiro, uma vez que a invasão russa de seu vizinho continuou a prejudicar a oferta global.
Os embarques de grãos da Ucrânia para o exterior em março incluíram 1,1 milhão de toneladas de milho, 309.000 toneladas de trigo e 118.000 toneladas de óleo de sol, disse o Ministério da Economia do país neste domingo.
“Com a atual incerteza criada pela guerra na Ucrânia, que está impactando a oferta de commodities e produtos semi-acabados em um grande número de setores, o desejo de estocar estoques pode ser ainda maior”, disseram economistas do ING em nota.
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