Colheita do milho vai à 10% no Paraná enquanto qualidade de lavouras cai mais uma vez, aponta Deral
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado. O relatório semanal apontou que a colheita da segunda safra de milho avançou para 10% no estado, subindo 3 pontos percentuais com relação à semana anterior.
Das lavouras ainda em campo, 92% avançaram para fase de maturação e apenas 8% seguem em frutificação. No reporte anterior os índices eram de 81%, 16% e outros 3% em floração.
As regiões mais adiantadas na colheita são Irati (100%), União da Vitória (95%), Ponta Grossa (80%), Guarapuava (65%), Paranavaí e Pitanga (20%), Umuarama (19%) e Campo Mourão (18%). Por outro lado, os trabalhos ainda não começaram em Ivaiporã, Jacarezinho e Londrina.
Quanto a qualidade dessas lavouras, a porcentagem avaliada como boa foi reduzida mais uma vez, agora pra apenas 6%, 41% estão em condições médias e os 53% restantes foram classificadas como ruins. Na semana passada os números eram de 9%, 39% e 52%, respectivamente.
As regiões com lavouras em melhores condições (mais porcentagem avaliada com boa) são União da Vitória (80%), Guarapuava (30%), Pitanga (20%), Campo Mourão, Ivaiporã, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Toledo e Umuarama (10%) e Londrina e Paranavaí (5%).
Já as localidades com mais lavouras avaliadas como ruins são Paranavaí e Cornélio Procópio (85%), Francisco Beltrão (75%), Cascavel, Ivaiporã e Londrina (60%), Toledo (58%), Laranjeiras do Sul (55%), Apucarana, Pato Branco e Ponta Grossa (50%).
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da AssoSoja (que reúne produtores do Norte do Paraná), Rodrigo Tramontina, relata que a expectativa inicial era de colher entre 13 e 14 milhões de toneladas de milho no Paraná, mas as perdas já chegam à 10 milhões. Na propriedade dele, por exemplo, as áreas já colhidas estão com rendimentos apenas 22% daqueles registrados em safras anteriores.
Tudo isso devido ao atraso no plantio que jogou 80% das lavouras para março, 72 dias sem chuvas ao longo do desenvolvimento das plantas e três geadas consecutivas em julho.