Preço do milho se valoriza no físico e na B3

Publicado em 17/03/2021 16:33 e atualizado em 18/03/2021 09:20
Chicago fica em campo misto acompanhando compras chinesas

A quarta-feira (17) chega ao final com os preços do milho se elevando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Pato Brando/PR (0,62% e preço de R$ 80,70), Ubiratã/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,64% e preço de R$ 79,00), Eldorado/MS (0,67% e preço de R$ 75,50), Campinas/SP (1,04% e preço de R$ 97,00), São Gabriel do Oeste/MS (1,30% e preço de R$ 78,00) e Itapetininga/SP (2,17% e preço de R$ 94,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho está firme e com poucos negócios de maneira geral. “As atenções se voltam para o clima que esteve irregular e o dólar que esteve mais volátil do que o normal. Enquanto isso, o produtor tenta cadenciar ao máximo as vendas do cereal no Brasil Central”.

A SAFRAS & Mercado relata que, o mercado de milho está com negócios travados e preços sustentados, em meio à alta do dólar frente ao real e ao quadro de oferta escassa no país. “A oferta segue muito ajustada à procura, o que garante a sustentação das cotações”, diz o consultor Paulo Molinari.

B3

Os preços futuros do milho contabilizaram flutuações altistas na Bolsa Brasileira (B3) nesta quarta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas de até 0,54% ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 94,81 com elevação de 0,01%, o julho/21 valeu R$ 90,10 com valorização de 0,54%, o setembro/21 foi negociado por R$ 84,99 com ganho de 0,05% e o novembro/21 teve valor de R$ 85,70 com queda de 0,17%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado segue firme porque, mesmo em meio a colheita da soja, ninguém quer vender milho. “A B3 bateu os R$ 90,00 e existe uma chiadeira gigantesca, com toda razão, por parte dos produtores de ovos, frangos e suínos”, destaca.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou em campo misto para os preços internacionais do milho futuro durante toda a quarta-feira. As principais cotações registraram movimentações entre 2,25 pontos negativos e 3,75 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,58 com ganho de 3,75 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,42 com elevação de 0,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,97 com queda de 2,25 pontos e o novembro/21 teve valor de US$ 4,75 com perda de 2,25 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira e de 0,72% para o maio/21 e de 0,18% para o julho/21, além de baixa de 0,40% para o setembro/21 e de 0,42% para o dezembro/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram mistos, com o contrato próximo se firmando, já que as fortes vendas para a China aumentaram as preocupações sobre o aperto na oferta.

“Os mercados em alta precisam ser alimentados e não estamos recebendo nenhuma notícia de alta do dia-a-dia sobre os grãos para sustentar os preços onde estão agora”, disse Craig Turner, corretor de commodities da StoneX.

Nesta quarta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou grandes vendas para a China pelo segundo dia consecutivo. Foram 2,38 milhões de toneladas em vendas de milho de safra antiga dos EUA para a China nos últimos dois dias.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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