Preço do milho sobe no Brasil nesta 4ª feira com vendedores capitalizados

Publicado em 26/08/2020 16:36
Chicago se mexe pouco em dia de compras técnicas

A quarta-feira (26) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (R$ 40,00) e Sorriso/MT disponível (R$ 45,00).

Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS, Castro/PR, Amambaí/MS, Palma Sola/SC, Cascavel/PR, Cafelândia/PR, Luís Eduardo Magalhães/BA, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT balcão, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, as cotações do milho no mercado físico seguiram firmes em meados desta semana. “O comprador com necessidade precisa ir ao mercado e faz as compras compassadas, enquanto vendedor está cauteloso e retendo a produção”.

Segundo o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, neste momento o produtor de milho está bastante capitalizado após vender um grande volume desta safra antecipadamente e de rentabilizar bem na última safra de soja. Sendo assim, o vendedor “senta em cima” do grão e não se preocupa em comercializar.

Sendo assim, a tendência é de manter a sustentação dos atuais patamares de preços daqui até o final do ano. A Bolsa Brasileira (B3), por exemplo, já apresenta cotações ao redor dos R$ 61,00 para contratos futuros.

Entre os fatores que merecem atenção e podem mexer com este cenário o primeiro deles é o dólar. Ferreira comenta que uma eventual alta da moeda americana ante ao real, na casa dos R$ 6,00, por exemplo, pode elevar o preço do milho para até R$ 65,00 a saca. “Querendo ou não, nós temos muita instabilidade nos próximos meses. Teremos eleições nos Estados Unidos e eleições municipais, que são fatores que vão continuar afetando o dólar”, alerta

Os outros pontos seriam as exportações brasileiras e a safra dos Estados Unidos. O analista explica que caso as exportações não cheguem ao patamar esperado entre 33 e 35 milhões de toneladas mais oferta ficará disponível e os preços cairiam.

O que pode frear esse avanço das exportações seria a safra norte-americana. Ferreira ressalta que, apesar da diminuição na expectativa de produção do cereal nos Estados Unidos após o último reporte do USDA, a safra ainda será grande e os estoques altos, podendo competir e tirar espaço do cereal brasileiro.

B3

Já os preços futuros do milho operaram em baixa durante todo o dia na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,51% e 3,22% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 60,25 com queda de 1,98%, o novembro/20 valia R$ 59,20 com desvalorização de 3,22%, o janeiro/21 era negociado por R$ 59,70 com perda de 1,83% e o março/21 tinha valor de R$ 58,90 com baixa de 1,51%.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro ficaram praticamente inalterados nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,25 pontos negativos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,40 com queda de 0,25 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,54 com perda de 0,25 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,66 com baixa de 0,25 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,72 com desvalorização de 0,25 pontos.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última terça-feira para o setembro/20, para o dezembro/20, para o março/21 e para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho em Chicago desaceleraram com as vendas técnicas e realização de lucros, depois de subirem para a maior alta em várias semanas na última terça-feira.

Leia Mais:

+ Preço do milho deve seguir ao redor dos R$ 60,00 no Brasil, mas possível alta do dólar pode elevar patamares para até R$ 65,00

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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