Milho fecha a 3ª feira em alta no Brasil com vendedor cauteloso

Publicado em 25/08/2020 16:41 e atualizado em 25/08/2020 17:46
Chicago sobe de olho nas lavouras e na demanda chinesa

A terça-feira (25) chega ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única desvalorização percebida foi em Brasília/DF (1,04% e preço de R$ 47,50).

Já as altas apareceram em Campinas/SP (1,61% e preço de R$ 63,00), Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Palma Sola/SC, Amambaí/MS, Dourados/MS, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO (2,04% e preço de R$ 50,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Cafelândia/PR, Ponta Grossa/PR e São Gabriel do Oeste/MS (4,17% e preço de R$ 50,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, as cotações do milho iniciaram esta semana praticamente estáveis em São Paulo. “A melhora da relação entre os Estados Unidos e a China pode pesar sobre o câmbio em meados desta semana. No entanto, o produtor vende a produção de maneira cautelosa”.

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a colheita do milho no estado avançou 0,12 pontos percentuais na semana passada e assim, foi encerrada completamente.

“Apesar da semeadura em algumas regiões do estado ter sido um pouco fora da janela ideal de cultivo do cereal, a colheita se intensificou ao longo das semanas e foi possível apontar um adiantamento de 0,82 pontos percentuais em comparação à média dos últimos cinco anos”.

Do lado dos preços, o relatório aponta uma valorização de 7,71% durante a última semana, fechando cotados à R$ 41,51 a saca. “O que é pertinente ao verificar o progresso do preço do cereal no estado são as demandas interna e externa aquecidas para o consumo do milho, aliadas também à sustentação dos produtores que estão bem vendidos e, por ora, freiam as negociações no mercado refletindo na relação de oferta e demanda do cereal mato-grossense e consequentemente nos preços negociados”.

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.

O relatório semanal apontou que 67% das lavouras estaduais foram colhidas até a última segunda-feira (24). As áreas restantes se dividem com 95% já em maturação e os 5% restantes ainda em frutificação.

Quanto a qualidade dessas áreas, 46% estão em boas condições, 37% em médias e 17% em condições ruins.

Ao mesmo tempo, a semeadura da safra verão 2020/21 já começou no estado. O Deral apontou que 1% da área prevista já foi plantada, estando 100% em germinação.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou durante toda a terça-feira contabilizando altas para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam movimentações positivas entre xx% e xx% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 61,47 com elevações de 1,52%, o novembro/20 valia R$ 61,17 com valorizações de 1,70%, o janeiro/21 era negociado por R$ 60,81 com ganhos de 1,27% e o março/21 tinha valor de R$ 59,80 com altas de 1,36%.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho também subiram nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 8,50 e 9,50 pontos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,40 com ganho de 9,00 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,54 com valorização de 9,50 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,66 com alta de 9,25 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,72 com elevação de 8,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 2,72% para o setembro/20, de 2,61% para o dezembro/20, de 2,52% para o março/21 e de 2,20% para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho na Bolsa de Valores de Chicago subiram na terça-feira para o maior valor em mais de seis semanas, apoiados por um relatório do governo que mostrou que as condições da safra dos EUA estavam piores do que o esperado e o aumento da demanda de exportação da China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que as classificações de bom a excelente para a safra dos EUA caíram para 64% na semana encerrada em 23 de agosto, 5 pontos percentuais abaixo da semana anterior.

“As perdas nas classificações excederam as expectativas ontem à tarde e provavelmente ocorrerão mais após uma semana seca e escaldante para o cinturão do milho”, disse Matt Zeller, diretor de informações de mercado da StoneX, em nota de pesquisa.

Além disso, o USDA reportou nesta terça-feira que os chineses adquiriram 408 mil toneladas de milho norte-americano e destinos não revelados demandaram outras 100 mil.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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