Preço do milho segue subindo no Brasil e semana acumula ganho de 5% em Campinas e 7% em Paranaguá
A sexta-feira (21) chega ao fim com os preços do milho valendo mais no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR (1,01% e preço de R$ 48,00), Marechal Cândido Rondon/PR, Cafelândia/PR, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Cascavel/PR, Tangará da Serra/MT (2,27% e preço de R$ 45,00), Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Amambaí/MS, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (9,09% e preço de R$ 48,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho manteve a firmeza durante esta semana, mesmo com a colheita finalizada em algumas regiões e outras na reta final dos trabalhos.
A consultoria Safras & Mercado destaca que o mercado brasileiro de milho segue com as cotações muito aquecidas, voltando a avançar em todas as praças de comercialização nacionais e nos portos.
“Mesmo com a chegada da safrinha, a oferta é restrita e controlada pelos vendedores, além do dólar elevado trazer competitividade às exportações e garantir sustentação às cotações nos portos e no interior”.
A análise da consultoria relata ainda que o milho vai sendo disputado pelos exportadores e para o consumo interno. “Com o dólar elevado, primeiro há o suporte às cotações nos portos, e isso acaba também se refletindo nos preços ao produtor, com o milho sendo disputado. A oferta restrita segue determinando sustentação aos preços, com os vendedores dosando o que surge no mercado”.
B3
Já os preços futuros do milho tiveram um dia de queda na Bolsa Brasileira (B3), mas encerraram sexta-feira subindo. As principais cotações registravam movimentações entre 0,17% negativo e 0,23% positivo por volta das 17h49 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 60,40 com altade 0,23%, o novembro/20 valia R$ 59,87 com ganhode 0,20%, o janeiro/21 era negociado por R$ 59,90 com elevação de 0,17% e o março/21 tinha valor de R$ 58,80 com desvalorização de 0,17%.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro encerram a semana subindo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,25 e 2,50 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,27 com valorização de 2,50 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,40 com elevação de 1,25 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,53 com ganho de 0,75 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,60 com alta de 0,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,93% para o setembro/20, de 0,29% para o dezembro/20 e de 0,28% para o março/21, além estabilidade para o maio/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorização de 0,93% para o setembro/20, de 0,59% para o dezembro/20, de 1,15% para o março/21 e de 1,12% para o maio/21 na comparação com a última sexta-feira (14).
Segundo informações da Agência Reuters, o milho de Chicago aumentou na sexta-feira depois que uma excursão pela safra indicou que os danos da tempestade podem diminuir a produtividade no principal estado produtor de milho de Iowa.
Observadores do Pro Farmer Midwest Crop Tour anual identificaram que o potencial de produção de milho em Iowa caiu da média de três anos, depois que a tempestade de vento Derecho de 10 de agosto danificou plantações em todo o estado. As descobertas contrastam com os rendimentos acima da média projetados pela turnê pelo resto do Meio-Oeste.
“Você obteve alguns pontos positivos do final do tour da safra, pelo menos algumas incertezas que lançam algumas dúvidas sobre as estimativas de rendimento do USDA”, disse Dale Durcholz, analista de commodities da Grain Cycles.
Enquanto isso, dois sistemas de tempestades tropicais em desenvolvimento no Golfo dos EUA podem atingir a costa no meio da semana, empurrando a tão necessária precipitação para o meio-oeste.
“Nós realmente não vendemos muito sobre essas previsões de chuva, por causa do grande negócio de exportação, mas também não conseguimos nos recuperar”, disse Brian Hoops, analista de mercado sênior da Midwest Marketing Solutions.
A publicação destaca ainda que os exportadores venderam 405.000 toneladas de milho nova safra para a China, de acordo com o último reporte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Relembre outras informações desta semana sobre o milho:
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