Preço do milho ganha força e termina 5ªfeira com ganhos no Brasil

Publicado em 23/07/2020 16:34
Chicago subiu pouco pesado demanda x lavouras

A quinta-feira (23) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Palma Sola/SC (1,11% e preço de R$ 44,50), Dourados/MS (2,38% e preço de R$ 41,00), Amambaí/MS e Brasília/DF (3,90% e preço de R$ 37,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (1,18% e preço de R$ 42,70), Cândido Mota/SP (1,18% e preço de R$ 43,00), Londrina/PR (1,20% e preço de R$ 42,00), Marechal Cândido Rondon/PR e Ubiratã/PR (1,22% e preço de R$ 41,50), Eldorado/MS (1,28% e preço de R$ 39,50), Porto Santos/SP(2,04% e preço de R$ 50,00), São Gabriel do Oeste/MS (2,70% e preço de R$ 38,00) e Oeste da Bahia (6,67% e preço de R$ 40,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho tem sentido a colheita da safrinha seguindo rumo a reta final em boa parte do país. “Com as reformas caminhando a passos largos, o dólar também tende a perder força em relação ao real, o que pode interferir no ritmo das exportações”.

Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o que vai definir a trajetória do preço do milho continua sendo o dólar e sua cotação ante ao real. Inclusive as desvalorizações acompanhadas nos últimos dias têm como fator desencadeante o recuo da moeda americana no câmbio.

Rafael destaca que o balizador dos preços no mercado físico são as cotações dos portos, que são formados pela equação preço de Chicago + prêmio + dólar e hoje ficam ao redor de R$ 47,00 reais, após chegar em R$ 51,00 na última semana.

Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Germinar Corretora.

B3

Os preços futuros do milho começaram o dia sem força na Bolsa Brasileira (B3), mas subiram com decorrer da quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,14% e 1,29% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 47,75 com ganho de 1,27%, o novembro/20 valia R$ 49,45 com valorização de 1,29% e o janeiro/21 era negociado por R$ 50,74 com elevação de 0,14%.

Assim como os contratos do cereal brasileiro, o dólar também recuperou a força ao longo do dia ante ao real e era cotado à R$ 5,20 com alta de 1,70% por volta das 16h34 (horário de Brasília).

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também operaram a maior parte do dia em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), mas fecharam a quinta-feira levemente mais altos. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,50 e 1,00 ponto ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,28 com elevação de 0,50%, o dezembro/20 valeu US$ 3,35 com ganho de 0,75 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,45 com valorização de 0,75 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,52 com alta de 1,00 ponto.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,31% para o setembro/20, de 0,30% para o dezembro/20, de 0,29% para o março/21 e de 0,28% para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho ficou praticamente estável nesta quinta-feira, já que o otimismo em relação à possibilidade de a demanda por compras da China continuar compensava as fortes condições da safra nos Estados Unidos.

“O mercado ontem estava respondendo às consultas chinesas. Hoje o foco está mais na colheita”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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