Exportações brasileiras de milho na 3ª semana de junho são 95,34% menores do que mesmo período de 2019
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da terceira semana de junho.
Nestes 14 dias úteis do mês, o Brasil já exportou 41.022,1 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 1.039,6 com relação ao fechamento da primeira semana. Com isso, a média diária de embarques ficou em 2.930,1 toneladas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 95,34% menor do que as 62.895,8 de mês de junho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 7.646,2 no período, contra US$ 206.638,00 mil de junho do ano passado.
Já o preço por tonelada obtido registrou acréscimo de 7,79% no período, saindo dos US$ 172,90 do ano passado para US$ 186,4 nestas três primeiras semanas de junho, refletindo o movimento de alta na cotação do dólar ante ao real.
Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, as exportações brasileiras devem começar a retomar ritmo a partir de agora. Navios com ca pacidade para embarcar 2,2 milhões de toneladas já estão se movimentando nos portos e a estimativa é que o país já tenha comprometido algo entre 26 e 28 milhões de toneladas para exportações até o final do ano safra em 31 de janeiro de 2021.
Para Rafael, o que vai determinar se o país irá alcançar o volume estimado de 34 milhões de toneladas para exportação de milho, superar este índice ou ficar abaixo será a movimentação cambial daqui para frente. O dó lar mais baixo na última semana desestimularam as venda s para fora do Brasil, mas a retomada das cotações nos últimos dias já reaqueceram as vendas.
Outro fator para o produtor brasileiro ficar de olho é a safra americana e seus reflexos na Bolsa de Chicago (CBOT). O alerta é para uma safra grande do cereal no s Estados Unidos, com os estoques que devem ir de 50 dias para 80 dias e pressionar ainda mais as cotações no país. Isso poderia refletir em quedas nos preços de portos brasileiros impactando na rentabilidade das nossas exportações.