Exportações brasileiras de milho na 2ª semana de junho são 92,94% menores do que mesmo período de 2019
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de junho.
Nestes nove dias úteis do mês, o Brasil já exportou 39.982,5 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 1.369,8 com relação ao fechamento da primeira semana. Com isso, a média diário de embarques ficou em 4.442,5 toneladas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 92,94% menor do que as 62.895,8 de mês de junho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 7.010,7 no período, contra US$ 206.638,00 mil de junho do ano passado.
Já o preço por tonelada obtido registrou acréscimo de 1,40% no período, saindo dos US$ 172,90 do ano passado para US$ 175,3 nestas duas primeiras semanas de junho, refletindo o movimento de alta na cotação do dólar ante ao real.
De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), as exportações devem ganhar ritmo mais forte a partir deste mês, visto que muitos contratos começam a ser cumpridos e a colheita deve avançar bem em junho.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as exportações brasileiras de milho já foram comprometidas em 22 milhões de toneladas com contratos firmados, e devem fechar o ano na casa das 30 milhões. Ele acredita que os volumes voltem a ter força entre agosto e outubro, já que a soja vai abrir espaço para o milho nos portos para o escoamento das quantidades que já foram negociadas antecipadamente.