Milho: quarta-feira registrou baixas no mercado físico brasileiro e em Chicago

Publicado em 10/06/2020 16:54
Colheita segue pressionando preços no Brasil

A quarta-feira (10) chega ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro com poucas alterações e movimentações negativas. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma praça.

Já as desvalorizações apareceram em Campinas/SP (1,03% e preço de R$ 48,00), Porto de Santos/SP (2,13% e preço de R$ 46,00), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (2,63% e preço de R$ 37,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “com a queda do dólar frente ao real a pressão sobre as cotações do milho é contínua. Além disto, pequenas áreas de variedades mais precoces já tem sido colhidas”.

Algumas das principais regiões produtoras seguem avançando nos trabalhos de colheita para o cereal. Conforme os últimos boletins de progresso de colheita dos órgãos estaduais, o Mato Grosso já colheu 4,35% e o Paraná retirou dos campos 3% do total, ambos até o final da última semana pelos reportes do Imea e Deral respectivamente.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) registrou movimentações restritas durante toda a quarta-feira para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam movimentações em campo misto entre 0,18% negativo e 0,21% positivo por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 43,44 com alta de 0,02%, o setembro/20 valia R$ 42,50 com elevação de 0,21% e o novembro/20 tinha valor de R$ 45,12 com queda de 0,18%.

Em meio a pressão do avanço das colheitas da segunda safra, as cotações do cereal responderam a recuperação da moeda americana ante ao real. Por volta das 16h41 (horário de Brasília) o dólar caia 0,60% e era cotado à R$ 4,92.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também caíram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,25 e 2,00 pontos ao longo do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,26 com perda de 1,25 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,31 com baixa de 1,25 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,41 com queda de 1,75 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,53 com desvalorização de 2,00 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,31% para o julho/20, de 0,60% para o setembro/20, de 0,58% para o dezembro/20 e de 0,56% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho caíram mais em Chicago pressionados pelas boas condições para a safra americana do cereal, confirmadas pelo último relatório de progresso de plantio divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

A publicação destaca ainda que a produção de etanol aumentou 72.000 barris por dia na semana passada, informou a Energy Information Energy dos EUA na quarta-feira, enquanto os estoques do combustível à base de milho caíram 674.000 bilhões de barris.

“O fato de continuarmos a aumentar e as ações continuarem a diminuir é favorável, mas isso não está acontecendo rápido o suficiente para acompanhar o ritmo anual do USDA que eles estão projetando”, disse Jim Gerlach, presidente da área de A / C.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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