Milho segue tendência de baixa na B3 nesta terça-feira
A terça-feira (09) segue com os preços futuros do milho caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 0,55% negativo e 0,43% positivo por volta das 11h42 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à R$ 43,41 com baixa de 0,18%, o setembro/20 valia R$ 42,55 com perda de 0,35%, o novembro/20 era negociado por R$ 45,05 com desvalorização de 0,55% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 47,20 com alta de 0,43%.
A Agrifatto Consultoria destaca que as cotações do milho no mercado interno seguem pressionadas tanto no físico quanto no futuro da B3.
Segundo análise da Brandalizze Consulting, o grande fator que ocasionou este movimento foi a desvalorização do dólar ante ao real, que saiu de aproximadamente R$ 6,00 para algo próximo dos R$ 4,85.
Mesmo com essas baixas, as cotações seguem elevadas ante a média histórica para o cereal e devem garantir boa rentabilidade aos produtores brasileiros, que já negociaram cerca de 50% desta próxima produção aproveitando os momentos de altas nos preços.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também mantém a tendência de baixa para os preços internacionais do milho futuro nesta terça-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 5,00 e 5,75 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,28 com desvalorização de 5,75 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,32 com perda de 5,50 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,42 com queda de 5,25 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,54 com baixa de 5,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, um forte relatório sobre o progresso das culturas divulgado ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) levantou preocupações sobre uma grande safra 2020/21 e estoques finais massivos.
O progresso do plantio de milho chegou perto do fim no relatório semanal de progresso de safra com 97% da safra de milho em 2020 sendo plantada até o último domingo (07), 3% acima da média de cinco anos.
“O clima quente e seco no Cinturão do Milho Oriental permitiu que os agricultores ficassem acima da média de cinco anos, embora muitos continuassem correndo as temidas chuvas da tempestade tropical Cristobal para concluir o plantio”, comenta a analista Jacqueline Holland.
Os índices de condição do milho melhoraram 1% da semana passada até o final da semana de 1 a 7 de junho, em 75% de boas a excelentes condições. A estimativa correspondeu às expectativas dos analistas e foi 16% maior que o mesmo período do ano anterior.
“No entanto, o excesso de chuva no cinturão do milho nas próximas 24-48 horas pode ameaçar as classificações de milho no relatório da próxima semana, principalmente para as lavouras a leste do rio Mississippi”, alerta Holland.