Milho segue subindo na B3 com recuperação do dólar e demanda externa pelo cereal brasileiro

Publicado em 29/05/2020 11:50
Chicago cai após novo reporte do USDA

Os preços futuros do milho seguem subindo nesta sexta-feira (29) na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,15% e 1,07% por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,47 com elevação de 0,15%, o setembro/20 valia R$ 44,47 com ganho de 0,38%, o novembro/20 era negociado por R$ 47,35 com valorização de 1,07% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 48,00 com estabilidade.

De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, a B3 volta a registrar valorizações seguindo o mercado externo e o fortalecimento do dólar. Por volta das 11h38, a moeda americana subia 0,77% e era cotada à R$ 5,44.

Outro fator que contribui é o aumento na demanda argentina por milho do Brasil, uma vez que uma seca histórica que reduz o nível do rio Paraná afeta o escoamento de safras da Argentina e do Paraguai, levando alguns compradores a trocar as origens das aquisições, aponta a Agrifatto Consultoria.

“Aumentou muito a demanda no Brasil, tem muito interesse. Nas últimas semanas, com a deterioração da situação na Argentina, tem aumentado muito demanda para Brasil, principalmente de cargas de junho e julho”, disse o presidente da AgriBrasil, Frederico Humberg.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro reverteram suas altas do início da manhã e passaram a cair na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 3,25 e 4,00 pontos por volta das 11h35 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,23 com desvalorização de 4,00 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,28 com perda de 3,75 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,36 com baixa de 3,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,48 com queda de 3,25 pontos.

A mudança no caminho das cotações se dá após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu relatório de exportações semanais apontando 427,200 MT da safra 2019/20, uma queda de 52% com relação a semana anterior e 58% menor do que as 4 semanas anteriores.

A expectativa do mercado era de que os números fossem apresentados entre 600.000 e 1,2 milhões de toneladas.

Tags:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Chicago e colheita pesam na B3, que fecha 3ªfeira com milho em baixa
Clima ajuda avanço da colheita do milho no Paraná, indica Deral
Em Campos de Júlio (MT) produtor relata margem negativa em torno de 5% a 8% para o milho safrinha
Colheita do milho entra na reta final no Paraguai com expectativa de produção menor do que a esperada
Com estiagem prolongada, incêndio atinge áreas rurais do município de São Gabriel do Oeste/MS
Colheita do milho está 29 pontos percentuais adiantada com relação à safra passada, diz Conab