Milho opera em alta na B3 e em Chicago nesta terça-feira

Publicado em 19/05/2020 12:01 e atualizado em 19/05/2020 16:39
Condições climáticas são os fatores de sustentação

Os preços do milho futuro na Bolsa Brasileira (B3) se recuperaram das perdas do início da terça-feira (19) e registravam movimentações positivas entre 0,21% e 1,21% por volta das 11h56 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 46,64 com alta de 0,58%, o setembro/20 valia R$ 45,29 com valorização de 1,21% e o novembro/20 era negociado por R$ 47,50 com elevação de 0,21%.

Preocupações com o desenvolvimento da segunda safra de milho seguem atuando nas cotações. A consultoria AgRural fez um novo corte em sua estimativa de produção da safrinha caindo para 70,7 milhões de toneladas em todas as regiões brasileiras.

A consultoria cita perdas em praticamente todas as áreas produtoras, mas destaca o estado do Paraná com o local em que a quebra será maior.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro seguem apresentando leves altas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (19). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,50 e 2,75 pontos por volta das 11h47 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,23 com valorização de 2,75 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,26 com ganho de 2,50 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,35 com elevação de 2,25 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,46 com alta de 1,50 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, o progresso lento do plantio, principalmente em Dakota do Norte, e as taxas de emergência decrescentes enviaram os preços futuros do milho ligeiramente mais altos nesta manhã.

Apesar do clima úmido na semana passada no cinturão do milho oriental, os agricultores continuaram a manter um ritmo constante de plantio de milho no meio-oeste. No domingo, 80% do milho haviam sido plantados, um aumento de 13% em relação à semana anterior.

“Os números do USDA de ontem caíram 1% abaixo da projeção comercial, o que não foi surpreendente, considerando que muitas partes do Meio-Oeste, particularmente o centro de Illinois, receberam até 200 mm de chuva no fim de semana”, reporta a analista Jacqueline Holland.

Mas, embora o progresso do plantio de milho tenha percorrido a velocidade da luz em Iowa, Minnesota, Nebraska e Texas (todos acima de 90% completos), o progresso no cinturão do milho oriental parou depois de fortes chuvas na semana passada. Kentucky (74% completo) e Missouri (83%) estão um ou dois por cento atrás da média de cinco anos nesta semana.

A Pensilvânia (15%) e o Tennessee (20%) também estão significativamente atrás das marcas de cinco anos de 49% e 91%, respectivamente, mas os dois estados se combinam para meros 2,37% da produção de 2019 e ainda têm muito tempo restante suas estações de plantio.

“A maior preocupação com a área cultivada com milho é a colheita de Dakota do Norte. No domingo, apenas 20% da safra de milho de 2020 havia sido plantada, muito longe da média de cinco anos de 60% e até da marca do ano passado de 33% no mesmo período”, diz Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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