Milho cai na B3 para contratos do segundo semestre

Publicado em 08/05/2020 12:00 e atualizado em 08/05/2020 16:58
Chicago se recupera à espera de geadas nos EUA no fim de semana

A Bolsa Brasileira (B3) passou a operar com resultados em campo misto nesta sexta-feira (08). As principais cotações registravam flutuações entre 0,53% negativo e 0,12% positivo por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,08 com alta de 0,12%, o julho/20 valia R$ 47,00 com estabilidade, o setembro/20 era negociado por R$ 45,30 com desvalorização de 0,53% e o novembro/20 tinha valor de R$ 47,70 com perda de 0,13%.

De acordo com a Agrifatto Consultoria, os olhos continuam no comportamento das chuvas para os próximos dias no Brasil, que apontam precipitações consideráveis até o dia 16, que seriam importantes para manter o potencial produtivo da segunda safra no país.

Segundo o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, as lavouras estão se desenvolvendo muito bem em áreas como Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins e diversas regiões que não costumavam ter cultivo de milho apostaram na cultura em 2020, o que deve ajudar a compensar a queda de produtividade pontuais do sul.

O analista destaca que o cenário então segue sendo de queda nos preços, mas que apesar das cotações estarem menores do que as do início do ano, elas seguem sustentadas pela demanda interna aquecida e por um câmbio bastante favorável com o dólar valorizado ante ao real.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) opera com ganhos para os preços internacionais do milho futuro neste último dia da semana. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 2,75 e 5,50 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,21 com valorização de 5,50 pontos, o julho/20 valia US$ 3,21 com alta de 3,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,26 com elevação de 3,25 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,37 com ganho de 3,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho podem aumentar o impulso de quinta-feira com as previsões para possíveis geadas generalizadas nos Estados Unidos no fim de semana, além de otimismo para uma venda massiva de milho para a China ontem, totalizando 27 milhões de bushels.

“No entanto, as tendências gerais de exportação têm sido instáveis ​​nas últimas semanas. O volume de vendas da semana passada foi de 34,3 milhões de bushels no total de vendas de safras antigas e novas, o que estava bem abaixo da média da semana anterior, de 66,8 milhões de bushels”, aponta o analista Ben Potter.

Para a consultoria Capital Economics, os preços globais do milho provavelmente vão se recuperar nos próximos meses e compensar parte das perdas acumuladas recentemente. A consultoria explica que a possível alta nos preços do cereal deve ocorrer à medida que a demanda global por etanol volte a se fortalecer com a diminuição das restrições de circulação de pessoas e mercadorias para controle da pandemia do novo coronavírus.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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