Milho sobe na B3 para o contrato maio e fica estável nos demais

Publicado em 05/05/2020 12:13 e atualizado em 05/05/2020 17:07
Chicago se divide entre progresso de plantio e retomada da demanda

Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) registram ganhos para os últimos contratos de maio e estabilidade para os demais. As principais cotações registravam flutuações entre 0,09% negativo e 1,35% positivo por volta das 12h07 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 48,65 com valorização de 0,29%, o julho/20 valia R$ 45,48 com alta de 0,04%, o setembro/20 era negociado por R$ 43,95 com baixa de 0,09% e o novembro/20 tinha valor de R$ 45,90 com estabilidade.

As incertezas quanto à produção da segunda safra de milho no Brasil segue no radar. O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que o potencial produtivo do milho caiu 1,03 sacas por hectare ante a última projeção realizada entre janeiro e fevereiro, ficando em 104,98 sacas por hectare, 5,15% menor do que a da safra 2018/19, devido à falta de chuva na região centro-sul, sudeste e oeste do Mato Grosso.

Já em Cascavel/PR e projeção já aponta perdas consolidadas de, no mínimo, 30% de expectativa inicial de produtividade média entre 120 e 130 sacas por hectare, mas o cenário pode ficar ainda pior caso a estiagem siga persistindo na região.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) opera com resultados em campo misto nesta terça-feira (05) para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações entre 0,25 pontos negativos e 2,25 pontos positivos por volta das 11h59 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,13 com valorização de 2,25 pontos, o julho/20 valia US$ 3,16 com alta de 1,25 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,23 com elevação de 0,50 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,33 com queda de 0,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho oscilaram ligeiramente esta manhã com os ganhos no complexo energético impulsionando à medida que mais americanos retornam ao trabalho, mas o rápido progresso do plantio e as expectativas de uma grande safra deixaram os preços pressionados.

O progresso do plantio de milho aumentou na semana passada, apesar das condições úmidas no cinturão central do milho que interromperam temporariamente o plantio. Em 3 de maio, 51% da safra de milho dos Estados Unidos estava no solo.

“No entanto, apenas 8% do milho havia emergido, abaixo da média de cinco anos de 10% e devido em grande parte às baixas temperaturas do solo. Como resultado, não deve haver um impacto significativo a longo prazo nos rendimentos, especialmente com as temperaturas mais quentes previstas para esta semana”, aponta a analista Jacqueline Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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