Milho começa a semana pressionado no mercado interno em meio às incertezas sobra demanda

Publicado em 13/04/2020 16:47 e atualizado em 14/04/2020 09:17
Chicago também cai na 2ªfeira em vendas técnicas

Nesta segunda-feira (13) a equipe do Notícias Agrícolas realizou levantamento e não identificou nenhuma valorização para as cotações do milho no mercado interno. Já as desvalorizações foram percebidas em Campo Novo do Parecis/MT (1,18% e preço de R$ 42,00), Panambi/RS (2,22% e preço de R$ 45,00), Tangará da Serra/MT (2,27% e preço de R$ 43,00), Rio do Sul/SC (4,35% e preço de R$ 44,00), São Gabriel do Oeste/MS (4,35% e preço de R$ 44,00) e Jataí/GO (8,33% e preço de R$ 44,00).

Segundo informações da Scot Consultoria, o preço do milho caiu no mercado interno em função das incertezas com relação à demanda e uma maior oferta do lado vendedor. “Por ora, o cenário positivo com relação à produção na segunda safra colabora com o mercado mais frouxo”.

A consultoria aponta ainda que, “o preço do milho caiu no mercado interno em função das incertezas com relação à demanda e uma maior oferta do lado vendedor. Por ora, o cenário positivo com relação à produção na segunda safra colabora com o mercado mais frouxo”.

No entanto, a Scot Consultoria alerta que a oferta de milho no país ainda não é abundante e, caso, a demanda pelo cereal não seja afetada pela pandemia, existe espaço para as cotações voltarem a firmar até a colheita da segunda safra ganhar força, a partir de junho.

“A baixa disponibilidade interna nesse momento é um fator que deverá limitar para os recuos nas cotações no mercado físico, cujos patamares deverão seguir acima dos registrados em igual período do ano passado”, apontam os analistas.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de abril.

Segundo o levantamento, as exportações de milho não moído atingiram a média de 352,3 toneladas por dia útil até o final da semana a que acabou em 09 de abril. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 16.637,2 toneladas, o que representa uma queda de 97,88%.

B3

A bolsa brasileira operou a todo o dia em patamares positivos para os preços futuros do milho, com movimentações máximas de 0,68% por volta das 16h28 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 47,06 com alta de 0,49%, o julho/20 valia R$ 44,35 com ganho de 0,61%, o setembro/20 era negociado por R$ 43,09 com elevação de 0,68% e o dezembro/20 tinha valor R$ 44,90 com valorização de 0,54%.

Mercado Externo

A segunda-feira (13) chegou ao fim com poucas movimentações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações negativas entre 0,25 e 1,00 pontos ao final deste primeiro dia útil da semana.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,31 com queda de 0,25 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,36 com perda de 0.50 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,41 com baixa de 1,00 ponto e o dezembro/20 teve valor US$ 3,49 com desvalorização de 1,00 pontos.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última quinta-feira, para o maio/20 e para o julho/20, além de queda de 0,29% para o setembro/20 e de 0,29% para o dezembro/20.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho diminuíram um pouco com algumas vendas técnicas leves, embora as perdas tenham sido causadas por outra boa rodada de dados de inspeção de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda.

As inspeções de exportação de milho para a semana que terminou em 9 de abril atingiram 40,5 milhões de bushels (1,028 milhões de toneladas), diminuindo 19% na semana, mas permanecendo no intervalo de estimativas comerciais de 31,5 a 47,2 milhões de bushels (entre 800.100 e 1,198 milhões de toneladas).

Agora o mercado aguarda os relatórios semanais de progresso da safra. Os analistas esperam que a agência mostre o plantio de milho nos Estados Unidos com 3% de conclusão a partir de 12 de abril, quando divulgar seus dados no final da tarde, com estimativas individuais variando entre 2% e 5%.

Plantio de milho dos EUA atinge 3%, aponta USDA; condição do trigo se mantém

CHICAGO (Reuters) - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) apontou que os produtores norte-americanos semearam até o último domingo 3% da área projetada para a nova safra de milho, mesmo nível médio estimado por analistas em pesquisa da Reuters.

Em um relatório divulgado nesta segunda-feira, o USDA disse que o progresso do plantio de milho deste ano vem em linha com os 3% verificados em igual período do ano anterior. A média histórica de cinco anos para este momento é de 4%.

Em relação ao trigo, o USDA classificou 62% da safra de inverno do cereal em condições boas ou excelentes, mesmo nível visto na semana anterior e em linha com a médias das estimativas compiladas pela Reuters, que variavam de 58% a 65%.

Para o trigo de primavera, o USDA afirmou que 5% da safra já foi plantada, versus 2% há um ano e 9% na média histórica.

A média das previsões de analistas apontava exatamente para 5% do plantio concluído, com estimativas variando de zero a 10%.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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