Milho: Mercado se sustenta na B3 e fecha a 2ª feira com altas de mais de 1%

Publicado em 02/03/2020 18:41

A segunda-feira (2) foi positiva para os preços do milho na B3 - o mercado futuro brasileiro - e as cotações do cereal subiram mais de 1% neste início de semana. O contrato março fechou o dia com R$ 54,21 e alta de 1,35%, enquanto o setembro/20 foi a R$ 43,63 por saca, subindo 1,47%. 

O mercado segue refletindo o cenário ajustado de oferta e demanda no Brasil, ao passo em que se beneficia do dólar que se mantém em alta frente ao real. Nesta segunda, a moeda americana subia 0,35% para ser cotado a R$ 4,49, mas já testando aos R$ 4,50 ao longo do dia. 

Embora os valores sigam altos, o ritmo do mercado nacional está um pouco mais lento neste momento, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

"O mercado do milho segue mostrando pouco movimento e os grandes compradores do setor de ração retraídos à espera de mais ofertas dos campos que vão mostrar colheita em ritmo melhor nestes próximos dias e, com isso, mais produto chegando", diz. "Apenas negócios localizados vem sendo comentados, para pequenos consumidores que seguem levando dentro dos patamares dos vendedores", completa.

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, a semana também começou positiva, porém, com o mercado intensificando seus ganhos ao longo do dia. Assim, os futuros do cereal encerraram a sessão com US$ 3,74 no março, que subiu 8,25 pontos, com US$ 3,75 no maio e US$ 3,78 no junho, com altas de 7,25 e 6 pontos, respectivamente.  

O mercado acompanhou a alta das demais commodities, em um dia de notícias um pouco menos graves sobre as questões do coronavírus inclusive a soja, que registra bons ganhos, de pouco mais de 9 pontos no início da tarde desta segunda-feira. Em Nova York, o café subia mais de 5%, bem como o petróleo, que subiu mais de 4% nesta segunda-feira. 

A recuperação, ou ao menos uma tentativa, chega na sequência de uma semana de extrema volatilidade e severa pressão sobre todos os mercados pelas notícias do coronavírus. O mercado ainda mantém forte seu sentimento de proteção, porém, se mosrtra um pouco menos avesso ao risco neste pregão, à espera de mais informações. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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