Milho se desvaloriza nesta 2ªfeira na Bolsa de Chicago à espera do relatório do USDA

Publicado em 28/10/2019 17:08
Mercado espera avanço na colheita americana

A segunda-feira (28) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro desvalorizados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 2,25 e 3,00 pontos.

O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,84 com queda de 2,75 pontos, o março/20 valeu US$ 3,94 com desvalorização de 3,00 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,01 com perda de 2,50 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 4,07 com baixa de 2,25 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,52% para dezembro/19, de 0,76% para o março/20, de 0,74% para o maio/20 e de 0,49% para o julho/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram de acordo com as expectativas do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que no final da tarde desta segunda-feira, poderá dar uma imagem positiva das condições e progresso da colheita nos EUA.

“A questão dominante do dia é a colheita nos Estados Unidos e está atuando como uma âncora no mercado”, disse Don Roose, presidente da US Commodities em West Des Moines, Iowa.

Os mercados aguardam o relatório semanal de progresso da safra do USDA, esperando notícias de bom progresso com as colheitas de milho americano.

“Uma perspectiva de clima favorável nas principais áreas produtoras mantém os ganhos sob controle e permite aos agricultores avançar rapidamente a colheita”, disse a corretora Allendale em nota.

De acordo com o analista de grãos da Farm Futures, Ben Potter, “os analistas esperam que a agência marque a colheita de milho em 43% concluída, ante 30% há uma semana. No entanto, estimativas comerciais individuais mostram um pouco de variação, de 38% a 52%. Os analistas também esperam que o USDA mantenha a qualidade da colheita estável há uma semana, com 56% em bom a excelente estado”.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou os embarques semanais de milho somando apenas 380,660 mil toneladas, confirmando uma fraqueza ainda bem presente na demanda internacional pelo cereal norte-americano. O mercado, afinal, esperava por embarques de 430 mil a 640 mil toneladas. 

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foiregistrada desvalorização apenas em Sorriso/MT balcão (2,22% e preço de R$ 22,00).  

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Cascavel/PR (1,49% e preço de R$ 34,00) e Brasília/DF (3,03% e preço de R$ 34,00).

Em sua avaliação diária a XP Investimentos aponta que a abertura da semana tem poucas novidades.

“O ambiente com referências pressionadas persiste, com Chicago em baixa, queda do dólar frente ao real e, consequentemente, recuo dos preços de porto no Brasil. A moeda estrangeira, inclusive, voltou a trabalhar abaixo R$ 4,00, fato não observado há quase dois meses”.

A publicação ainda destaca que, “indiretamente, compradores locais, que apenas observavam as quedas, vão testando preços menores. Estes adotaram postura firme e buscam apenas recompor seus estoques. Intermediários e produtores tentam não ceder à pressão e ainda não apresentam ofertas volumosas de seus estoques. Aos poucos, porém, alguns negócios voltam a acontecer”.

Confira como ficaram as cotações nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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