Milho: Após bater limite de alta, preços têm dia de realização de lucros e recuam nesta 4ª feira na BM&F

Publicado em 14/03/2018 17:39

Após quatro sessões consecutivas de alta, os preços futuros do milho praticados na BM&F Bovespa recuaram nesta quarta-feira (14). As principais posições da commodity encerraram o dia com perdas entre 0,12% e 1,66%. O março/18 fechou o pregão a R$ 43,05 a saca e o maio/18 era cotado a R$ 40,40 a saca.

Segundo os especialistas, o mercado recuou em um movimento de realização de lucros depois das recentes valorizações. Ainda nesta terça-feira, o vencimento novembro/18 bateu limite de alta na bolsa brasileira, com ganho de mais de 5% e a saca negociada a R$ 37,55.

O mercado tem alavancada pela baixa disponibilidade de milho no mercado em São Paulo. E a demanda no estado é forte e as indústrias não trabalham com estoques amplos. Enquanto isso, a colheita da safra de verão está próxima de 30% a 35%, segundo informações reportadas pelo consultor de mercado, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Enquanto isso, no mercado doméstico os preços permanecem sustentados. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 15,15% em Ponta Grossa (PR) e terminou o dia a R$ 38,00. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), o ganho foi de 7,41%, com a saca a R$ 29,00.

Já em Sorriso (MT), o valor registrou alta de 5,88%, com a saca a R$ 18,00. Em Cascavel (PR), a alta ficou em 4,45%, com a saca a R$ 30,50. Na região de Campinas (SP), o preço bateu R$ 43,60, com valorização de 1,16%. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, caiu 1,49%, com a saca a R$ 33,00.

Bolsa de Chicago

A sessão desta quarta-feira (14) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com quedas entre 2,25 e 3,00 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,83 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,88 por bushel.

"Em geral, os mercados mais fracos registrados nesta quarta-feira são resultado do clima, principalmente, em minha opinião, e alguns lucros considerando os ganhos recentes do milho e da soja", disse Jason Ward, diretor-gerente da Northstar Commodity ao Agriculture.com.

Os mapas meteorológicos voltaram a indicar algumas chuvas para a Argentina nesta quarta-feira e também no próximo sábado. Apesar da previsão, a safra de milho do país vizinho já registra perdas consolidadas.

Inclusive, o cenário levou os compradores a se abastecerem com o cereal americano, elevando a procura pelo grão. A Coreia do Sul adquiriu mais de 1 milhão de toneladas de milho na semana anterior. No acumulado dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou três vendas de milho, totalizando 572,552 mil toneladas do grão.

"O mercado também começa a olhar a safra americana. Em duas semanas, o USDA deverá revelar suas informações sobre as intenções de plantio no país para a nova temporada, que é amplamente favorável para a soja", destacou o Agrimoney.com.

Ainda hoje, a consultoria Allendale estimou a área semeada com o milho em 35,82 milhões de hectares na próxima temporada. Em seu último reporte, o USDA indicou a área em 36,42 milhões de hectares.

Leia mais:

>> Plantio de soja nos EUA atingirá recorde de 92,1 mi acres, aponta pesquisa

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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