Milho: De olho no clima na Argentina e no dólar, mercado mantém movimento positivo na CBOT nesta 5ª

Publicado em 25/01/2018 11:17

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho permanecem em campo positivo durante a sessão desta quinta-feira. Às 11h44 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam altas entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,65 por bushel.

O mercado ainda tenta consolidar o segundo dia consecutivo de valorização. Ainda nesta quarta-feira, as cotações subiram e tocaram o patamar mais alto em sete semanas. Os preços foram impulsionados pela fraqueza no dólar e o clima adverso na Argentina.

No caso da Argentina, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em Buenos Aires reduziu a sua projeção para a safra de milho do país diante da condição de seca. A expectativa é que sejam colhidas 40 milhões de toneladas de milho comercial e de silagem.

"A Argentina vem sofrendo com essas condições desde novembro", disse o escritório. E por enquanto, as previsões climáticas indicam chuvas entre 2 a 15 mm nos próximos três dias em algumas regiões de produção, inclusive em Buenos Aires.

Leia mais:

>> Escritório do USDA em Buenos Aires diminui estimativa de produção de milho na Argentina, abaixo da estimativa oficial do órgão

Já o dólar americano mais fraco deve contribuir para as exportações do país, conforme destacam os especialistas. Em entrevista à agência Reuters, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que "um dólar mais fraco beneficia a balança comercial norte-americana no curto prazo, mas acredita na força de longo prazo da moeda".

O USDA deverá reportar nesta sexta-feira (26) seu boletim semanal de vendas para exportação.

Por outro lado, os amplos estoques globais ainda são fatores limitantes para a valorização dos preços, conforme ponderam os especialistas. A projeção é que os estoques mundiais fiquem próximos de 206,57 milhões de toneladas na temporada 2017/18.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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