Milho: De olho no clima na Argentina e nas exportações americanas, mercado amplia ganhos nesta 4ª na CBOT

Publicado em 24/01/2018 08:49

Durante o pregão desta quarta-feira (24), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos. As principais posições do cereal testavam altas de mais de 3 pontos, perto das 12h38 (horário de Brasília). O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,63 por bushel.

Os futuros do cereal esboçam uma tímida reação depois das quedas registradas recentemente. Ainda conforme ponderam as agências internacionais, os amplos estoques globais do grão são fatores limitantes para as valorizações.

Em contrapartida, o clima na Argentina segue no radar dos investidores. Diante do clima ainda adverso, a preocupação é com a produtividade das lavouras. "Apenas 11% da safra de milho da Argentina foi classificada como boa ou excelente", disse Mike Mawdsley na First Choice Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.

Por outro lado, a fraqueza do dólar também tem a atenção dos participantes do mercado, uma vez que pode contribuir para as exportações americanas. "Temos o potencial de melhora nas exportações americanas, que o Brasil parece estar fora do mercado depois de fevereiro", ressaltou Benson Quinn Commodities ao Agrimoney.com.

BM&F Bovespa

Na bolsa brasileira, os futuros do milho operam em campo misto, com ligeiras movimentações nesta quarta-feira (24). Às 12h05 (horário de Brasília), o março/18 subia 0,09%, cotado a R$ 32,92 a saca, já o maio/18 recuava 0,03%, negociado a R$ 32,85 a saca.

Apesar da forte queda no dólar, os ganhos em Chicago ainda dão suporte aos preços. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,19, com desvalorização de mais de 1%, às 12h54 (horário de Brasília).

"O movimento é decorrente da aposta dos investidores na possibilidade de manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, o que poderia o colocar mais longe da corrida presidencial deste ano", reportou a Reuters.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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