Milho: Mercado tem dia de correção técnica e fecha pregão desta 4ª feira com alta de mais de 4 pts na CBOT
Nesta quarta-feira (17), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão em campo positivo. Após passar boa parte do dia com ligeira altas, as principais posições da commodity ampliaram as valorizações no final da sessão e exibiram ganhos de mais de 4 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,53 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,61 por bushel.
Conforme dados reportados pela Reuters internacional, as cotações passaram por uma correção técnica depois das quedas registradas recentemente. "O mercado foi impulsionado por compras técnicas após as mínimas observadas e diante da expectativa de que o dólar americano mais fraco possa reativar a demanda por exportação", destacou em nota.
As cotações do cereal recuaram depois do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportar um aumento na safra americana em seu último boletim de oferta e demanda. Ainda no reporte, o órgão revisou para cima as projeções para os estoques finais nos EUA e também mundiais.
"Mas as recentes desvalorizações provocaram especulações de que o fundo do poço teria sido alcançado no curto prazo", explicou a Reuters.
No mesmo sentido, o site Farm Futures destaca que as cotações ainda pode esboçar alguma reação ao longo do mês de fevereiro. "Antes que o mercado comece a se concentrar na área cultivada nos Estados Unidos e no tamanho da colheita no Brasil", destaca.
No quadro fundamental, o comportamento do clima na Argentina continua no radar dos participantes do mercado. As chuvas permanecem irregulares e, de acordo com as previsões, as regiões de Buenos Aires e La Pampa, terão precipitações ao redor de 25 mm acumulados.
Ainda conforme dados do site AgroVoz, algumas lavouras de soja e milho foram danificadas por uma tempestade no sul da província de Córdoba. Também houve queda de granizo.
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Mercado brasileiro
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, os preços do milho permaneceram estáveis nas principais praças pesquisadas nesta quarta-feira. Em Ponta Grossa (PR), o valor subiu 7,14%, com a saca a R$ 30,00.
Já em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho ficou em 2,33%, com a saca do cereal a R$ 22,00. No Oeste da Bahia, a saca era cotada a R$ 29,50, com valorização de 1,72%. Na contramão desse cenário, o valor caiu 1,56%, com a saca a R$ 31,60 em Campinas (SP).
Ainda conforme ponderam os especialistas, os preços já sentem a pressão da colheita da safra de verão. No maior estado produtor do cereal, o Rio Grande do Sul, em torno de 10% da área plantada já foi colhida, de acordo com último boletim da Emater/RS.
"Em curto e médio prazos, considerando um cenário mais favorável de clima a expectativa é de mercado mais frouxo, conforme avança a colheita da safra de verão", informou a Scot Consultoria em nota.
Já nos meses de fevereiro e março, os preços dependerão do desenrolar da safra de inverno. "Revisões para baixo da produção poderão dar sustentação às cotações pontualmente, mas lembrando do estoque interno maior na temporada, que é um fator limitante para as altas de preços", reforça a entidade.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2170 na venda, com queda de 0,37%. "O dólar não sustentou a alta exibida em parte da sessão e terminou a quarta-feira em baixa ante o real, acompanhando a trajetória da moeda no mercado internacional e ainda com algum fluxo de ingresso de recursos", informou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira: