Milho: Na Bolsa de Chicago, mercado tem dia de ajuste técnico e recua pelo 2º pregão consecutivo

Publicado em 04/01/2018 16:56

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho recuaram pelo segundo dia consecutivo. As principais posições da commodity ampliaram as quedas no final da sessão e encerraram a quinta-feira (4) com desvalorizações entre 1,75 e 2,00 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,59 por bushel.

Segundo informações das agências internacionais, o mercado ainda trabalha de lado diante da falta de novas informações. "As tendências gerais ainda apontam para um mercado andando de lado por enquanto", destacou o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville, ao portal Inside Futures.

Embora a perspectiva é de melhora na demanda de milho no mercado de exportação devido aos preços mais baixos, ainda de acordo com o especialista. A demanda de etanol também permanece favorável.

"O sentimento é de que o clima mais frio atual possa criar uma demanda de alimentação animal adicional. E temos algumas perdas na produção de trigo de inverno devido ao clima no país", disse Scoville.

Paralelamente, o mercado ainda monitora o comportamento do clima no Sul do Brasil e também na Argentina. As previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima mais quente e seco. Os produtores argentinos ainda precisam finalizar os trabalhos de plantio.

"Algumas perdas de culturas são cada vez mais possíveis e as condições de La Niña implicam em condições baixas de umidade do solo durante a maior parte da estação de crescimento", completa o especialista. 

Mercado interno

A quinta-feira (4) ainda foi de estabilidade aos preços do milho nas principais praças pesquisadas pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em tangará da Serra (MT), o ganho ficou em 2,63%, com a saca do cereal a R$ 19,50. Já em Campinas (SP), o ganho ficou em 1,56%, com a saca do grão a R$ 32,60.

Na localidade de Panambi (RS), o preço caiu 2,07% e a saca fechou o dia a R$ 25,50. Em Palma Sola (SC), o recuo foi de 1,85%, com a saca a R$ 26,50. No Porto de Paranaguá, o preço permaneceu inalterado em R$ 32,00 a saca do cereal.

De acordo com informações da Radar Investimentos, o ritmo dos negócios permanece lento no mercado doméstico. Por outro lado, o foco dos participantes do mercado segue no desenvolvimento da safra de verão no Brasil.

No maior estado produtor do cereal na primeira safra, o Rio Grande do Sul, "as lavouras foram beneficiadas com o retorno da umidade no solo no último período, recuperando em muitas áreas o seu potencial produtivo", destacou o boletim informativo da Emater/RS.

" A fase de desenvolvimento vegetativo se apresenta com 21%. Parte da cultura implantada no cedo já se encontra em colheita atingindo 7% da área estimada, e as demais (60%) avançam rapidamente para a maturação final (12%). Já para as áreas semeadas no final de setembro, o potencial produtivo poderá ter pequena redução", ainda conforme dados da entidade.

No caso do Paraná, cerca de 86% das lavouras estão em boas condições, segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). 40% das lavouras estão em fase de floração e 2% em maturação.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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