Com chuvas na Argentina e oferta global, milho tem nova queda na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira
Depois de testar os dois lados da tabela, as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram a segunda-feira (18) com ligeiras perdas, próximas da estabilidade. Os vencimentos do cereal exibiram quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O março/18 operava a US$ 3,47 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,55 por bushel.
"Os futuros do milho também diminuíram diante do clima chuvoso na Argentina e na pressão de abundantes suprimentos do grão no mundo", reportou a Reuters internacional.
"As chuvas no curto prazo na Argentina foi o foco de hoje. O mercado também está respondendo a alguns relatórios de que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderia aumentar os rendimentos de milho no próximo mês. Esses são dois fatores muito baixos de curto prazo", disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale Inc., em entrevista à Reuters internacional.
Na Argentina, as chuvas que caíram no último final de semana trouxeram alívio para áreas de soja e milho secas, destacaram os meteorologistas às agências internacionais. O cenário permitiu a retomada do plantio nas áreas afetadas. Com aproximadamente 45,3% da área semeada até o momento, a preocupação é com as chuvas irregulares.
Contudo, depois de um início de temporada seco, os especialistas reforçam que as áreas precisam de um maior volume de precipitações. "As chuvas levaram melhorias notáveis na umidade do solo, mas ainda serão necessárias mais chuvas para acabar com a seca no norte e no centro da Argentina", destacou Kyle Tapley, meteorologista da MDA Weather Services, em uma nota aos clientes.
No caso dos Estados Unidos, a Informa Economics projetou a área cultivada na próxima temporada em 36,29 milhões de hectares. A área, se confirmada, deverá ficar abaixo da área de soja pela primeira vez. Ainda para essa safra, a consultoria estimou a produção americana em 372,8 milhões de toneladas, acima do indicado pelo USDA em dezembro, de 370,3 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o USDA reportou que os embarques de milho somaram 594,281 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de dezembro. No acumulado da temporada, os embarques totalizam 9.190,175 milhões de toneladas, volume abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.
Mercado interno
No caso do mercado interno, a retração vendedora tem mantido os preços mais altos nas principais praças pesquisadas pelo Cepea. Nesta segunda-feira (18), nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.
Apenas no Oeste da Bahia, o valor da saca caiu 1,72% e terminou o dia a R$ 28,50. No Porto de Paranaguá, o valor disponível ficou em R$ 31,50 a saca do cereal.
Por outro lado, as novas projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), reforçando a menor oferta no país, também influenciam na formação do cenário. "Nesse ambiente, compradores com mais necessidade de aquisição precisam ceder para fechar novos negócios. No geral, a liquidez está baixa, com os poucos negócios envolvendo apenas pequenos lotes", informou o Cepea em nota.
Já o dólar encerrou a segunda-feira a R$ 3,2979, com queda de 0,31%. Segundo dados da Reuters, o câmbio acompanhou a movimentação da moeda norte-americana no exterior à espera do desfecho do projeto de reforma tributária nos Estados Unidos.
Veja como fecharam os preços nesta segunda-feira: