Dentro da estabilidade, milho avança em Chicago agora sim mais ancorado ao relatório do USDA

Publicado em 13/12/2017 16:58

Na terça, a demanda ainda fraca pelo milho americano falou mais forte que a redução dos estoques vistos pelo USDA e os futuros caíram. Nesta quarta (13), a Bolsa de Chicago (CBOT) foi mais sensível ao relatório oficial de comercialização da commodity e ao consumo das indústrias, fazendo com que os contratos ganhassem fôlego, mas sem saírem da franja de estabilidade.

As variações positivas ficaram no intervalo de 1 a 1,25 ponto: dezembro US$ 3,36, março US$ 3,49, maio US$ 3,57 e julho US$ 3,65.

O USDA em seu relatório mensal de estimativas de oferta e demanda global (WASDE) divulgou na terça-feira que os estoques de milho no final da campanha de comercialização em 31 de agosto, nos Estados Unidos, totalizarão 2.437 bilhões de bushles, abaixo de 2.487 bilhões previstos há um mês e bem abaixo das estimativas dos analistas para 2,478 bilhões de bushels. O governo espera que os produtores de etanol utilizem mais grãos na campanha de comercialização 2017-2018.

Apesar disso, a lentidão dos embarques do País continua e há excesso global da commodity

Camilo Motter, analista da Granoeste, de Cascavel, que embora considera ver um rumo mais claro para o cereal em Chicago, também não vê “que não tem espaço para cair muito além do caiu”, como esses fatores de pressão conecidos.

BM&F Bovespa

Pelo menos o vencimento de janeiro não sustentou a boa alta de véspera, de mais de 1,6%, e hoje inverteu, perdendo 0,18%, a R$ 32,77. O câmbio hoje, em leve alta, não ajudou.

O março avançou marginalmente, o,12%, indo a R$ 33,80 a saca futura.

Físico

No Mato Grosso, a demanda local fez a diferença em duas praças, Campo Novo do Parecis, onde a saca ganhou pouco mais de 3%, fechando a R$ 16,00, e em Tangará da Serra, que viu menos procura, e a saca encolheu 2,7%, fechando em R$ 18,00.

Em Sorriso, praça com maio volatilidade do milho no estado, o preço fechou em R$ 13,00, depois da perda de ontem de mais de 7%.

No Paraná, apesar do preço porto Paranaguá ter elevado 1,61% (R$ 31,50), não influiu nas praças, cujas cotações não saíram do lugar. Cascavel, por exemplo, abrirá os negócios nesta quinta como fechou na terça: R$ 23,50.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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