Milho encontra suporte em outros mercados e sai de Chicago em alta, revertendo seguidas quedas
O milho encontrou suporte no trigo e nos dados de produção de etanol, depois de passar a madrugada e parte da manhã desta quarta (29) em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT). E os futuros foram para o fechamento em alta, depois de três sessões seguidas de desvalorizações.
As variações ficaram entre 2,75 e 3 pontos, com janeiro US$ 3,39, março US$ 3,53, maio US$ 3,61 e julho US$ 3,69.
“Os preços do milho estão atingindo um nível no qual alguns esperariam encontrar suporte de compra, e se o mercado de trigo encontrar um piso, isso seria útil para os grãos ao redor”, disse Tomm Pfitzenmaier, diretor da Summit Commodity Brokerage, em Des Moines, Iowa, para o Agriculture. E o trigo subiu, com notícias sobre menor área plantada para 2018.
Ainda assim, o ímpeto do preço do milho e os indicadores de tendência ainda estão apontando para baixo, completou o analista.
Enquanto não vem informações mais completas sobre a colheita nos Estados Unidos, em fase final, que registrou, segundo produtores, rendimento muito pouca coisa menor semana passada do que o visto pelo USDA, o comércio entra em jogo. O clima aponta tempestades vindo sobre o Sudeste, mas mais seco e frio em outras partes produtoras.
No caso, produção de etanol em alta, concorrendo para maior consumo de milho, o que ajuda a tirar um pouco do peso dos embarques internacionais, que devem cair 16%, pelo USDA, ou acima de 20%, pelo mercado.
São Paulo
O cereal na BM&F Bovespa conseguiu uma virada para o positivo, quando caminhava para um dia de fechamento negativo. O dólar mais forte no Brasil animou os vendedores a fecharem contratos de exportações que estavam em stand by, além da alguma demanda interna.
O janeiro, também empurrado pela entressafra, subiu 0,61%, a R$ 31,55, e o março em mais 0,06%, a 33,42.
Físico
A procura dos compradores ajudou a mexer no preço de Cascavel, Paraná, que subiu 2,17%, com os vendedores mais dispostos hoje pelo fator cambial, a saca fechou em R$ 23,50.
Apesar desses fatores, não teve movimentação de alta, nem de alta, no Porto de Paranaguá, nem em outras praças paranaenses e também não no Mato Grosso.