Suprimentos de milho elevados nos EUA e mercado retraído derrubam os futuros em Chicago
Um final de safra americana ainda por ser contabilizada oficialmente, vendedores fora do mercado e excesso de milho em estoque não estão combinando com preços melhores na Bolsa de Chicago (CBOT). E os futuros caíram um pouco mais ao fechamento desta terça-feira (29), repetindo movimento da véspera.
As variações ficaram dentro do intervalo de 2 a 2,5 pontos: dezembro US$ 3,36, março US$ 3,49, maio US$ 3,58 e julho US$ 3,66.
As posições são curtas neste final de safra por conta de estoques elevados, já que estima-se que as exportações estão 26% atrasadas, contra 16% da previsão do USDA sobre a queda nesta campanha.
Segundo o Farm Futures, “as inspeções de exportação de milho caíram quase exatamente no meio da estimativa média do comércio (21 milhões a 29 milhões de bushels), com 25,1 milhões de bushels. Ainda assim, está um pouco atrás dos 26 milhões de bushels da semana passada, moderadamente inferior ao recorde do ano passado de 32,6 milhões de bushels”.
Com desde a semana passada, e como Jack Scoville, da Price, disse ontem, hoje também os produtores estão fora das vendas, tentando forçar altas que o mercado não está aceitando, diante de condições de safra boas.
Apesar de um ligeira queda na produtividade, de pouco mais de 2 bushels por acre, relatadaa pelos produtores sobre a colheita da semana passada.
Colheita que, de resto, falta pouco para finalizar, com tempo melhor em parte do Cinturão do Milho, apesar de mais frio e úmido no resto do país, de acordo com as atualizações dos mapas climatológicos americanos desta manhã.
Futuros interno
Ainda tem muito milho para ser exportado pelo País, apesar das boas vendas em novembro, e isso tem tirado o suporte da BM&F Bovespa nos últimos dias. E mesmo com o dólar mais fraco, o que favorece a competitividade externa do cereal brasileiro.
Mais um dia de queda para o janeiro, 0,63%, cotado a R$ 31,36, e o março também em recuo de 0,3%, a R$ 33,40.
Físico
A retração do mercado e oferta ainda em alta em Sorriso, fez despencar a saca em 10%, fixada em R$ 13,50.
Nas outras praças do Mato Grosso, sem novidades. Se compradores, mas estoque ajustado manteve as cotações iguais ontem.
O mesmo que no Paraná, onde também não houve movimentos, apenas indicações de preços.