Na contramão do USDA, milho sai em leve alta de Chicago com fundos segurando a queda que vinha da semana
Os fundos levaram nesta sexta-feira (10) cerca de 25 mil contratos de milho na Bolsa de Chicago (CBOT), o que puxou as cotações na contramão dos indicadores positivos de safra relatados pelo USDA ontem.
As variações ficaram no intervalo de 1,5 a 2 pontos: dezembro US$ 3,43, março US$ 3,56, maio US$ 3,65 e julho US$ 3,73.
Em informação de Deanna Hawthorne-Lhare, da StartFutures, relatadas por Agriculture, o “mercado de grãos mais altos hoje é um rebote simples, após o golpe de ontem (baixa)”. Juntando-se à queda acumulada nas últimas semanas, houve também uma “recomposição técnica”, segundo Camilo Motter, da Granoeste Corretora.
Os resultados do USDA positivos quanto à produção e rendimento da colheita, hora em ação nos Estados Unidos, não pesaram porque os compradores sabem que o cereal cotado mais baixo do que já vem andando afugentaria os produtores do mercado, ainda de acordo com Motter.
“Abaixo destes números o produtor americano começa a segurar as posições de venda, o que força o mercado a reagir pagando mais para conseguir ofertas”, completou Marlos Correa, da InSoy Commodities.
No destaque do gráfico abaixo, de André Lopes, economista do Notícias Agrícolas, vê-se que a evolução da commodity em Chicago, na semana de 3 a hoje foi levemente negativa.
Físico
A comercialização do milho no mercado físico foi pesada em algumas praças, refletindo no preço da praça referência para os cerealistas de Campinas, onde a saca fechou em alta de 8,04%, a R$ 33,60, segundo a Bolsa de Cereais de São Paulo.
Forte também foi a movimentação em Sorriso, Mato Grosso, com elevação de mais de quase 13%,mais precisamente 12,78%, batendo em R$ 15,00. Também foi sintoma de que os estoques do milho disponível estão abaixando.
O Paraná fiou em estabilidade em termos de preços, com negócios pontuais de baixo volume para abastecimentos de granjas e pequenos cerealistas. Paranaguá também manteve os R$ 28,50 da quinta.
Já no Porto do Rio Grande houve uma evolução de 1,75% e a saca esticando a R$ 29,00.
Na semana de 3 a 10 pode-se ver no gráfico abaixo que, entre os destaques, encontra-se a alta de Sorriso, igualando com a alta de hoje sobre ontem. Veja mais como ficaram o restante das praças levantadas por André Lopes:
BM&F Bovespa
Os negócios ao fechamento das operações de futuros em São Paulo não sustentaram as altas do início da tarde, que já eram modestas. Tudo na marca da estabilidade.
O novembro em mais 0,03%, a R$ 31,96, e o janeiro mais 0,03% igualmente, a R$ 32,83.