Milho: queda cautelosa em Chicago e exportações mexem menos com os preços no interior do BR
Com o mercado esperando o Relatório Trimestral de Estoques de Grãos, que o USDA deverá soltar amanhã, e algumas projeções melhores para os rendimentos do milho, os futuros se arrastaram nesta quinta (28) pelo lado negativo, mas com cautela dos investidores em ficarem muito vendidos. Assim, as variações não deixaram a zona de estabilidade, ainda que passaram o dia bem voláteis, subindo e descendo em margens estreitas.
Ficaram entre os intervalos de 1,5 a 2 pontos: o dezembro em US$ 3,52, o março US$ 3,65, o maio US$ 3,73 e o julho US$ 3,81.
Quanto à colheita, que segue em atraso, na comparação com a campanha anterior, os rendimentos mais fortes no Missouri, Illinois e Indiana. Exceção ao Kansas, mais afetado pela seca enquanto o milho se desenvolvia. Pode vir tempo mais seco em muitas áreas do Centro-Oeste, favorecendo o melhor andamento da colheita também.
Pelo lado da comercialização, os traders antecipam estoques menores, mesmo com a produção de etanol em baixa e com as vendas externas, reportadas ontem pelo USDA, menores do que o esperado: 320.200 toneladas métricas versus expectativas do comércio de entre 450.000-850.000.
Cereal disponível
As exportações, menores, andaram novamente mexendo com os preços no mercado físico, com menos intensidade que ontem, após as boas variações positivas, quando Sorriso veio com alta de quase 17% e, também no Mato Grosso, Tangará da Serra, com mais de 13%. Hoje, os preços ficaram mais calmos e não se mexeram, ficando, respectivamente, em R$ 14,00 e R$ 16,50.
Em Rio Verde, Goiás, a saca do milho subiu 2,38%, pousando em R$ 21,50, enquanto na paranaense Cascavel foi a R$ 20,50, com alta de 2,5%. Em Paranaguá, para outubro, a alta chegou a 1,75%, ficando em R$ 29,00 a saca.
E na praça referência para os cerealistas, Campinas, a subida foi de quase 2%, com o cereal fixado em R$ 30,10.
BM&F Bovespa
O menor movimento na ponta exportadora hoje foi sentido nas cotações da bolsa de São Paulo.
Abriram em leve alta, perderam força e viraram para o negativo ao fim da sessão. O novembro em 0,36%, a R$ 30,70, e o janeiro em 0,09%, a R$ 32,60.