Milho: Preços sobem no Brasil, mas alta do dólar limita avanço das cotações em Chicago nesta 4ª
No pregão desta quarta-feira (27), os futuros do milho fecharam o dia com leves altas na Bolsa de Chicago, depois de um dia de bastante estabilidade. Entre as posições mais negociadas, os ganhos foram de 1,50 e 2,25 pontos, com o dezembro/17 valendo US$ 3,54 e o março/18, US$ 3,66 por bushel.
O mercado, assim como é observado na soja, caminha de lado nestes últimos dias, de olho na evolução da colheita nos Estados Unidos, principalmente. Além disso, os relatos de produtividade vem surpreendendo e pesando sobre as cotações. E as condições de clima vêm favorecendo o bom avanço dos trabalhos de campo.
"O mercado de grãos carrega esse tom baixista com os investidores observando rendimentos melhores do que o esperado na soja e agora também no milho", disse o analista Brian Rydlund, da CHS Hedging.
Além dos fundamentos, pesa também sobre os preços a alta do dólar dos últimos dias.
"A moeda americana continua nessa tendência positiva e superando suas máximas dos 30 dias e esse tende a ser um fator negativo sobre as commodities agrícolas de uma forma geral, uma vez que torna os produtos norte-americanos mais caros para os importadores", diz o analista Bob Burgdorfer do portal internacional Farm Futures.
Também nesta semana, o mercado internacional do cereal se prepara para a chegada do novo reporte trimestral dos estoques norte-americanos em 1º de setembro e as expectativas geram especulações e necessidade de posicionamento dos traders.
No Brasil
No Brasil, as cotações subiram nos primeiros vencimentos negociados na BM&F e o novembro/17 fechou com R$ 30,80 - com alta de 0,33% - e o janeiro /18 com R$ 32,59, subindo 0,28%. O maio/18 fechou estável nos R$ 32,60 por saca.
No interior do país, os ganhos foram ainda mais expressivos e em algumas praças do interior chegaram a registrar 16,67%, como foi o caso de Sorriso/MT, onde a saca vale R$ 14,00. No porto de Paranaguá, estabilidade nos R$ 28,50 por saca.