Em Chicago, milho recua no pregão desta 3ª feira com foco no clima nos EUA e no boletim do USDA
A sessão desta terça-feira (8) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após iniciarem o dia em campo positivo, as principais posições do cereal voltaram a trabalhar em queda e finalizaram o dia com perdas entre 2,25 e 3,00 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,69 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,83 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, o foco dos investidores permanece no comportamento do clima e, por consequência, no desenvolvimento da safra americana. Nesse momento, os participantes do mercado estão focados nas previsões climáticas indicando temperaturas mais baixas e na possibilidade de geadas precoces.
Os últimos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indicam chuvas acima da normalidade em grande parte do Corn Belt nos próximos 8 a 14 dias. Paralelamente, as temperaturas ficarão abaixo da normalidade no mesmo período.
Porém, como a cultura já completou a polinização, sua fase chave para determinar os rendimentos, a preocupação foi menor, destacou a Reuters. "Para o milho, a maturidade não será um problema tão grande", disse Brian Hoops, analista da Midwest Market Solutions.
Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 61% para 60%. 27% das plantações estão em situação regular e 13% em condições ruins ou muito ruins.
Paralelamente, os participantes do mercado já começam a se preparar para o novo boletim de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima quinta-feira (10). A perspectiva é que o órgão reduza as projeções para a produtividade das lavouras americanas e para a safra do país.
Mercado brasileiro
No Brasil, o dia foi de estabilidade nas principais praças pesquisadas pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 3,45%, com a saca a R$ 15,00. Já em Londrina (PR), a valorização ficou em 2,94%, com a saca do grão a R$ 17,50.
Ainda no estado paranaense, em Pato Branco, a saca subiu 2,35% e encerrou o dia a R$ 17,40. No Porto de Paranaguá, a saca futura registrou ganho de 1,89% e finalizou a terça-feira a R$ 27,00.
No mercado doméstico, os analistas reforçam que, as cotações permanecem pressionadas negativamente pelo andamento da colheita da segunda safra. "E à consequente maior oferta –, à demanda interna enfraquecida e à redução dos preços de exportação, que torna a comercialização mais lenta no Brasil e gera, inclusive, problemas de armazenagem nas regiões com grandes produções", informou o Cepea no início da semana.
Além disso, os produtores ainda acompanham os leilões realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em apoio à comercialização do cereal. Em contrapartida, as exportações brasileiras também permanecem no foco dos participantes do mercado.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações apresentaram leve alta na sessão desta terça-feira. As principais posições da commodity finalizaram o pregão com ganhos entre 0,20% e 0,86%. A referência para a safrinha, o vencimento setembro/17, era cotado a R$ 26,64 a saca e o novembro/17 a R$ 28,88 a saca.
As cotações subiram com influência do dólar e apesar da queda registrada nos preços no mercado internacional. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,1300 na venda, com ganho de 0,15%. Conforme dados da Reuters, os investidores permanecem focados nas articulações políticas do governo para conseguir dar andamento às reformas, em especial a da Previdência.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira: