Milho: expectativa de lavouras irregulares precifica em Chicago e safrinha derruba mercados no Brasil

Publicado em 26/06/2017 17:22

O relatório de embarques americanos de milho até 22, apresentado nesta segunda (26) pelo USDA não apresentou novidades. Então os traders fecharam as negociações na Bolsa de Chicago (CBOT) sustentando-se no clima visto como não tão favorável, enquanto aguardam os desdobramentos do reporte do Departamento de Agricultura sobre as condições das lavouras que será conhecido também hoje.

Entre 1,25 a 1,75 ponto foram as variações positivas dos três contratos do ano. O bushel julho estacionou em US$ 3,59, o setembro em US$ 3,67 e o dezembro em US$ 3,77.

Há alguma expectativa quanto ao desenvolvimento do cereal abaixo das necessidades da cultura. Conforme relatado por Farm futures, “depois de lutar com muita chuva ou muito pouco na primeira parte da temporada de crescimento, os agricultores classificam suas culturas como melhores, mas ainda bem abaixo da média, de acordo com Feedback From The Field publicado na semana passada”

E continua o site especializado: “Muitas das Planícies e do Centro-Oeste receberam chuvas abaixo da média e o crescimento permanece mais lento do que o normal em muitas áreas”.

Vale dizer que as culturas de milho são inconsistentes e variam em tamanho e saúde.

BM&F Bovespa

Os futuros em São Paulo não resistiram à safrinha e à pressão exportadora com o dólar favorável.

O julho caiu 0,38%m R$ 26,00, o setembro perdeu 2,29%, R$ 25,60, e o novembro terminou em baixa de 1,12%, 26,50.

Físico

O milho disponível teve redução em média de mais 3% no Paraná, com Cascavel, por exemplo, em R$ 18,00 a saca.

No Mato Grosso a pressão continua forte. Em Rondonópolis o tombo foi de mais de 8%, ficando em R$ 16,00, ao passo que em Sorriso, onde está o milho mais barato, bateu em R$ 10,00.

Nesta cidade mato-grossense contribuiu também contra os preços as notícias de lotes de milho ardido e avariado, em proporções consideráveis, como Notícias Agrícolas trouxe a entrevista com Tiago Stefanello Nogueira, vice-presidente do Sindicato Rural local. 

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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