Milho: fundos forçam positivo em Chicago possivelmente visando a realização de lucros na segunda; BM&F veio sustentada

Publicado em 10/02/2017 16:20 e atualizado em 10/02/2017 16:59

Os fundos saíram para mais um rally na Bolsa de Chicago (CBOT) na tarde desta sexta-feira (10) e ficaram nas posições compradas para o milho. Donald Trump também ajudou com mais uma declaração, fazendo o dólar ganhar mais musculatura. Todos os vencimentos futuros do cereal vão para o final de semana com uma margem positiva nos principais vencimentos - nos intervalos de 4,25 a 5 pontos -  que pode favorecer uma realização de lucros na sessão de segunda, conforme disse Rene Albrecht, estrategista-chefe do DZ Bank, tanto sobre Wall Street quanto Chicago.

O bushel para março no pregão americano fechou cotado a US$ 3,74, maio US$ 3,82, julho US$ 3,88 e setembro US$ 3,94.

Da Casa Branca, o presidente americano avisou que dará uma notícia “fenomenal” em termos de impostos, leia-se cortes, impulsionando a economia. E também da Reuters saiu que uma nova rodada de ações bilaterais com o Japão ajudará a fortalecer a economia. Força para o dólar nos dois casos.

E do meio da sessão para frente, sobrou como ajuda para o movimento positivo do milho até o fechamento, que a divisão agro do banco de investimentos Pimco, tanto quanto a corretora Futures International, indicaram posições favoráveis ao cereal, trocando de lugar com a soja no curto prazo, como já foi dado aqui hoje.

É preciso ressaltar que a commodity atravessou a semana com essas mesmas oscilações, tanto no mesmo lado quanto dos dois lados da tabela, tendo os traders se agarrado ao relatório dos USDA. Podemos ver no gráfico preparado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o desempenho na CBOT de 3 a 10 de fevereiro.          .

BM&F Bovespa

O mercado futuro negociado em São Paulo operou o dia mantendo alguma firmeza na escalada positiva, com indicações de que foi boa para o milho brasileiro a notícia do USDA de que haverá uma diminuição dos estoques americanos em 1 milhão de toneladas ao final do ano comercial, em setembro. Mais etanol, menos milho, como é a lógica daquele mercado.

E as negociações na BM&F Bovepa também saíram beneficiadas com o fortalecimento da moeda americana, com o mercado enxergando os produtos dos Estados Unidos mais caros.

Ao cabo da sexta, março positivou 2,31%, ficando em R$ 35,00, maio +1,61 em R$ 32,79 e setembro +0,26% em R$ 30,75.

Mercado físico

Das negociações nas principais praças o panorama do milho sai da semana praticamente inalterado. E desta expressão do produtor e diretor da Sociedade Rural dos Campos Gerais (Ponta Grossa e região) que pode-se resumir mais um dia travado: “Não estamos vendendo, mesmo sabendo que vai vir mais milho nas próximas semanas”.

Além disso, ele percebe algum atraso em localidades paranaenses, com as chuvas, enxugando mais ainda uma oferta restrita basicamente para atender necessidades locais, em pequenos lotes, que não influem na precificação.

O gráfico a seguir oferece a leitura da movimentação da semana de 3 até esta sexta.

As praças do Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram variação negativa, as únicas em companhia das do Paraná, pelo peso naturalmente do milho de primeira safra do Sul, que ainda está fora do mercado.

>> Veja as cotações completas do Milho.

Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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