Milho: vencimentos em Chicago reagem à demanda pelo cereal dos EUA
O mercado tentou esboçar alguma tendência nas novidades de hoje no milho, que mexeram com os negócios na Bolsa de Chicago (CBOT). Não considerando os ganhos no fechamento desta terça (6) como longes da banda de estabilidade, em mais um dia de bastante oscilação, o bushel positivou entre os intervalos de 4,75 e 5 pontos, com março a US$ 3,68, maio a US$ 3,76, julho a US$ 3,83 e setembro a US$ 3,89.
As notícias que começam a pressionar as cotações da commodity para cima na virada do pregão, foram melhor absorvidas pelos operadores ao longo do dia. Ao mesmo tempo em que a agência de inspeção americana registrava aumento das inspeções de embarques, reflexo de maiores exportações, foram reportadas novo fornecimento para o Japão. “Significa que a demanda pelo milho americano continua sólida”, disse Flávio Roberto de França Jr, da França Jr Consultoria.
Também como lembrou a agência Farm Future, o analista brasileiro concorda que a possibilidade de o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sair com “algum aperto no estoque” nesta quinta – “e de soja” – também pela demanda interna na fabricação do etanol. Além do retorno, ainda tateando, de fundos que venderam posições até a semana passada.
Brasil
Os futuros na BM&F Bovespa, na mão inversa, ficaram no vermelho, com perdas decorrentes dos problemas que algumas colheitas no Paraná e Mato Grosso vão enfrentando, tanto que o vencimento março foi o mais penalizado: -1,11%, R$ 34,00; o maio, -0,49%, R$ 32,27. Mas, também como apontou França Jr., nada excepcional, sem tendência mais acentuada.
No mercado físico, tudo empatado na tabela de variação percentual, 0,00%. Sem negócios por mais um dia que precificassem o milho no interior. As únicas praças com algum movimento – Sorriso (MT) e Rio do Sul (SC) – davam conta de fornecimento para suprir indústrias locais.