Milho: futuros invertem véspera e fecham com pequenas perdas
Os analistas continuam apontando que as oscilações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) não representam muita coisa e estão alinhadas ao momento da conjuntura do cereal, sem novidades, e com os operadores, portanto, testando o mercado diariamente. Assim, dos ganhos nos contratos negociados ontem (1) – variaram de 8,50 a 9 pontos – houve a reversão para o lado negativo da tabela hoje (2), com perdas de 0,75 ponto em todos os vencimentos.
Março a US$ 3,67, maio a US$ 3,75 e julho a US$ 3,82 foram as marcas do pregão na bolsa americana.
Alguns experts até arriscam variáveis que podem ter influenciado o jogo do milho futuro na sessão de hoje, como, por exemplo, a análise de Eric Fransen, da consultoria Stewart-Peterson’s Commodity, relatando à Sucessuful Farming, que dificilmente os Estados Unidos terão uma safra 2017 tão boa quanto as anteriores, porque dificilmente uma quinta temporada consegue repetir os êxitos das anteriores.
Também, como Notícias Agrícolas trouxe na atualização de mercado no meio do dia, menores exportações semanais que na semana anterior, reportadas pelo USDA, foi visto pelo Farm Futures como um “fatorzinho” de pressão.
A manutenção da taxas de juros pelo Banco Central americano (FED), que no pregão de véspera ajudou as commodities em geral, nos negócios de hoje foram absorvidos novamente pelas indefinições do mercado.
Futuros BM&F
Nos contratos de março e maio, com perdas de 1,10% a 1,38%, fechando as operações em R$ 34,20 e R$ 32,15, respectivamente, pesou o fator cambial, com mais um ajuste negativo de 0,89%, em US$ 3,12. Além do andamento da safra aqui, mais as perspectivas de que comecem a cair as cotações quando a colheita estiver mais “cheia”, a partir de março, como lembrou o analista Rafael Ribeiro em entrevista a Aleksander Horta, de Notícias Agrícolas.
Mercado Físico
Nas principais praças o milho não sai das mãos dos produtores para os compradores. Há retração nas duas pontas, com os primeiros esperando as próximas semanas, ainda que sob risco de começaram a cair as cotações, segundo Ribeiro disse , e os segundos, naturalmente, aguardando justamente essa queda.
Na tabelas de cotações do Mercado Físico de Notícias Agrícolas não se vê nenhuma variação, o que significa negócios parados. No Centro-Oeste algumas praças operam com algum percentual positivo, mas são poucas – Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis e Rio Verde.