Milho: Depois das altas recentes, preços passam por ajustes e exibem ligeiras quedas nesta 5ª feira na BM&F

Publicado em 28/07/2016 13:12

Depois das recentes valorizações, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela nesta quinta-feira (28). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,81% e 1,99%, perto das 12h27 (horário de Brasília). O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 47,88 a saca e o janeiro/17 era negociado a R$ 49,30 a saca.

As cotações passam por uma correção depois das altas registradas nos últimos dias. O mercado do cereal voltou a subir recentemente refletindo a situação dos preços domésticos. Isso porque, a retenção das vendas por parte dos produtores tem contribuído para impulsionar os valores internos.

E à medida que a colheita da segunda safra avança reforça a perspectiva de uma produtividade menor nesta temporada. Nas principais regiões produtoras as lavouras foram severamente afetadas pelo clima bastante irregular. Com isso, a projeção é que sejam colhidas 43 milhões de toneladas do grão por hectare nesta safra, conforme apontam os números oficiais.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do cereal também voltaram a testar leves quedas nesta quarta-feira. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 2,75 e 3,75 pontos, por volta das 12h45 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,32 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,39 por bushel.

Com a safra norte-americana em andamento, o mercado ainda segue bastante sensível às informações sobre o comportamento do clima. E, os mapas mais alongados, entre os dias 4 a 10 de agosto, voltaram a mostrar temperaturas mais altas e menor volume de chuvas, conforme previsões do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.

E, segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o clima ainda pode comprometer o rendimento das plantações. "As plantações estão em pleno período de floração e riscos ainda de perder produtividade", destaca.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 21 de julho, as vendas de milho ficaram em 915,3 mil toneladas e ficaram dentro do esperado de 750 mil a 1,150 milhão de toneladas.

O acumulado na temporada já supera em 3% o anterior. Do total, as vendas da safra velha foram de 438,8 mil toneladas, 27% a mais do que na semana anterior, e tendo o Japão como destino principal. Já as da safra nova foram de 476,5 mil.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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