Milho: Com foco na demanda e no clima nos EUA, mercado amplia ganhos ao longo desta 2ª feira na CBOT
Durante o pregão desta segunda-feira (13), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo. As principais posições do cereal ampliaram as altas e, por volta das 11h52 (horário de Brasília), exibiam ganhos entre 11,25 e 12,50 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 4,34 por bushel e o março/17 a US$ 4,48 por bushel. Já o maio/17 era negociado a US$ 4,51 por bushel.
Segundo as agências internacionais, o mercado encontra suporte em dois fatores: a demanda pelo produto norte-americano e nas previsões climáticas para os Estados Unidos. De acordo com informações reportadas pela consultoria Agrinvest, o país é o único exportador do grão nesse momento. Isso porque, o encarecimento do milho do Brasil e a colheita mais lenta do cereal na Argentina têm deixado os importadores sem opções.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que os embarques de milho somaram 1.696,990 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 9 de junho. Na semana anterior, o número ficou em 1.067,586 milhão de toneladas, conforme dados oficiais.
"Os futuros dos grãos são mais elevados, liderados por novos ganhos no milho após um final de semana quente em grande parte do Centro-Oeste do país", disse Bryce Knorr, editor e analista da Farm Futures. Previsões alongadas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indicam temperaturas mais elevadas e chuvas abaixo da média.
Os produtores norte-americanos já finalizaram o plantio do cereal e as previsões climáticas indicam clima mais seco e altas temperaturas para os próximos dias. Na semana anterior, o USDA indicou que cerca de 74% das lavouras apresentavam boas condições, o departamento atualiza as informações no final da tarde de hoje.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal também trabalham em alta nesta segunda-feira (13). As principais posições da commodity exibiam ganhos entre 0,66% e 2,46%, por volta das 11h41 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 47,90 a saca, e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 43,90 a saca, com ganho de 1,62%.
Além do suporte das altas registradas em Chicago, a valorização cambial também contribui para o cenário. A moeda subia 0,59%, cotada a R$ 3,4514, perto das 12 horas. Segundo o site G1, os investidores aguardam a reunião do Federal Reserve, banco central dos EUA, que deve acontecer essa semana e há preocupações em relação à possibilidade da Grã-Bretanha deixa a União Europeia.
Paralelamente, o frio intenso e a formação de geadas continuam no radar dos participantes do mercado. Ao longo do final de semana, várias localidades do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul registraram a ocorrência de geadas. Em Aral Moreira (MS), o presidente do Sindicato Rural, Osvin Mittank, já confirmou que o evento climático afetou as lavouras do cereal, especialmente as que estavam em regiões mais baixas. Contudo, ainda não há dados concretos sobre as perdas na safrinha de milho.